Congresso busca afastamento do ministro com apoio de 150 parlamentares e petição de 1,4 milhão de assinaturas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Na última segunda-feira (9), a oposição ao governo Lula deu mais um passo significativo em sua luta contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um grupo de aproximadamente 150 parlamentares formalizou um pedido de impeachment contra o ministro, entregando o documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Além disso, uma petição online já conta com 1,4 milhão de assinaturas, evidenciando o apoio popular à iniciativa.
Segundo o senador Marcos Rogério (PL-RO), a entrega do pedido é uma ação coordenada que visa aumentar a pressão sobre Pacheco, que tem a responsabilidade de dar prosseguimento ao processo. “Protocolamos nesse momento junto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na verdade, os deputados federais, bem como brasileiros que subscreveram a peça de denúncia contra o ministro Alexandre de Moraes”, declarou o senador.
Moraes tem sido alvo de críticas constantes, principalmente após a divulgação de mensagens que sugerem que ele teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma indevida para investigar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante sua gestão como presidente da Corte Eleitoral. O recente bloqueio da rede social X (antiga Twitter), determinado por Moraes em 30 de agosto, só fez aumentar as tensões, impulsionando ainda mais a base conservadora a pressionar pela sua destituição.
Ao receber o pedido, Rodrigo Pacheco afirmou que analisará o caso com base em “critérios técnicos e políticos” e que a Advocacia Geral do Senado será responsável por revisar os aspectos legais da solicitação. “Eu acho prudente, em razão do que aqui está exposto e do que isso representa, que possamos ampliar esse debate a Mesa Diretora e ao colégio de líderes. Tomarei as providências para cumprir uma aferição em relação aos critérios técnicos e políticos”, disse o presidente do Senado, sem fornecer um prazo exato para a decisão.
A oposição intensificou sua estratégia de pressão após uma grande manifestação em São Paulo, organizada por figuras como o ex-presidente Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Durante o ato, a deputada Bia Kicis (PL-DF) fez um discurso firme, declarando que a oposição não vai recuar. “Queremos que o Rodrigo Pacheco receba esse pedido e distribua para ser analisado como manda a lei. Nós vamos obstruir os trabalhos. Vamos parar a Câmara dos Deputados. E os senadores hão de parar o Senado Federal”, afirmou Kicis.
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