Operação apreende ouro, mercúrio e explosivos; investigações buscam identificar envolvidos no crime.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Nos dias 6 e 7 de setembro, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação de grande porte para desocupar garimpos ilegais e combater a extração clandestina de ouro na área rural de Pontes e Lacerda, localizada a 443 km de Cuiabá, nas proximidades da Reserva do Bananal. A ação, denominada “Mina do Bananal”, teve como objetivo desmantelar atividades criminosas ligadas à mineração ilegal na região.
Durante a operação, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os materiais confiscados, estavam cinco gramas de ouro, um veículo, dois frascos de mercúrio, uma carabina de pressão e um carretel de explosivos NP10, evidenciando o grau de organização envolvido na exploração. Além disso, a PF conseguiu realizar a desintrusão do garimpo ilegal, expulsando os invasores da área e interrompendo as operações de mineração clandestina.
A PF destacou que, além dos danos ambientais severos causados pela mineração ilegal — como a contaminação dos rios com mercúrio —, a atividade provoca desequilíbrios econômicos, afetando negativamente o mercado financeiro e a sociedade. O uso de mercúrio, em particular, representa uma grave ameaça à biodiversidade e à saúde pública, devido à sua capacidade de poluir águas e solos por longos períodos.
As investigações continuam com o objetivo de identificar e responsabilizar os financiadores por trás das operações ilegais, bem como verificar o possível envolvimento de proprietários rurais da região que possam estar colaborando com a prática ilícita. A operação faz parte de um esforço mais amplo das forças de segurança e dos órgãos de fiscalização ambiental para minar financeiramente as organizações criminosas que lucram com a exploração ilegal de recursos naturais.
A PF reafirmou seu compromisso com a repressão de atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a economia. Novas operações estão previstas para intensificar o combate ao garimpo ilegal no estado de Mato Grosso e em outras áreas de risco no Brasil. A expectativa é de que a continuidade das ações enfraqueça as redes criminosas e proteja áreas de conservação ambiental e terras indígenas, frequentemente ameaçadas por atividades desse tipo.
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