Carga avaliada em mais de R$ 3 milhões tinha destino à China e estava em desacordo com normas ambientais.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Cruz/CE – Nesta terça-feira 17 de setembro, a Receita Federal apreendeu 230 kg de barbatanas de tubarão no município de Cruz, no Ceará. A mercadoria, avaliada em mais de R$ 3 milhões, tinha como destino final a China, onde o produto é considerado um item de luxo na culinária local.
A apreensão ocorreu quando a carga foi identificada como ilegais e sem documentos que comprovassem sua legalidade. O material estava em desacordo com as normas ambientais brasileiras e, de acordo com a Receita Federal, a captura de tubarões é proibida no Brasil, sendo o animal exportado ilegalmente devido ao seu valor elevado no mercado chinês.
A barbatana de tubarão, conhecida como “sopa ostentação”, é uma iguaria cara e exclusiva, com preços que podem chegar a US$ 500,00 por prato. No mercado mundial, o valor pode chegar a US$ 3 mil por quilo. As barbatanas apreendidas eram de tubarão-azul (Prionace Glauca) e tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus Longimanus), espécies que estão na lista de extinção da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Ameaçadas de Extinção (Cites).
A carga começou a ser monitorada desde sua partida da cidade de Vitória, no Espírito Santo, e foi destinada a ser exportada em bagagem de passageiros pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O material foi identificado e apreendido pela Divisão de Vigilância e Repressão da Receita Federal no Ceará, na Transportadora de Cargas Aéreas, no município de Cruz.
A carga apreendida será entregue ao Ibama para adoção das providências administrativas necessárias. A documentação relacionada ao caso será encaminhada às autoridades policiais, que iniciarão uma investigação para responsabilizar os envolvidos na tentativa de contrabando. A operação destaca o esforço das autoridades brasileiras em combater o tráfico de espécies ameaçadas e o comércio ilegal de produtos da fauna silvestre.
A Receita Federal e outras autoridades continuarão a monitorar e agir contra atividades ilegais relacionadas ao tráfico de animais e produtos da fauna, reforçando o compromisso com a preservação ambiental e a proteção das espécies ameaçadas.
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