Revelado o mistério da lápide mais antiga dos EUA, que pertenceu a um Cavaleiro Inglês

Erguida em 1627, lápide mais antiga dos Estados Unidos pertencia a um cavaleiro britânico nomeado pelo rei Jaime I — mas sua origem se tornou um mistério por séculos
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

A mais antiga lápide dos Estados Unidos pertence a um cavaleiro inglês, e sua origem intrigou estudiosos por séculos. Um recente estudo, no entanto, não apenas esclareceu esse enigma como também trouxe novos insights sobre as rotas comerciais da América colonial.

Os arqueólogos já sabiam que a lápide foi instalada em 1627 em Jamestown, na Virgínia, o primeiro assentamento inglês permanente na América, e que era feita de calcário preto. Contudo, a procedência dessa laje se mantinha obscura. Uma nova pesquisa publicada no International Journal of Historical Archaeology avaliou as esculturas e detalhes da lápide, permitindo aos pesquisadores rastrear suas origens.

Conforme repercutido pelo The Independent, os cientistas identificaram uma cavidade esculpida que provavelmente continha incrustações de bronze, representando um escudo, um pergaminho desenrolado, e um cavaleiro armado. Analisando documentos da época, a equipe encontrou registros de dois cavaleiros que morreram em Jamestown no século 17: Sir Thomas West, em 1618, e Sir George Yeardley, em 1627. Investigando mais, descobriram que o enteado de Sir Yeardley havia encomendado uma lápide com a mesma inscrição na década de 1680, levantando a suspeita de que a peça de 1627 era dele.

George Yeardley, nascido em Southwark, Inglaterra, em 1588, chegou a Jamestown em 1610, após sobreviver a um naufrágio perto das Bermudas. Ele foi nomeado cavaleiro pelo rei Jaime I em 1617 e retornou a Jamestown em 1621, falecendo ali em 1627.

Os pesquisadores também se concentraram na origem da pedra. Analisando fragmentos da lápide, encontraram pequenos micróbios fósseis que não existiam na América do Norte, sendo mais comuns na Bélgica e na Irlanda. Assim, a investigação se voltou à Bélgica, que na época era a principal fonte desse tipo de rocha calcária. Os cientistas afirmaram que a lápide foi importada da Europa, sendo transportada da Bélgica para Londres e, em seguida, para Jamestown.

Imaginaram o percurso da rocha: extraída e cortada na Bélgica, enviada pelo Rio Meuse até Londres, onde foi esculpida e recebeu as incrustações, antes de seguir para Jamestown.

A descoberta iluminou também a magnitude das redes comerciais que conectavam Europa e Jamestown durante a colonização. As lajes de calcário negro eram, segundo o estudo, highly valorizadas e custosas na Europa da época.

Os pesquisadores concluíram que os colonos da Virgínia, que tinham experiência nas últimas modas de Londres, tentaram trazer para as colônias essas tendências luxuosas e emblemáticas.

 

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