Rio Acre atinge nível mais baixo em 53 anos e crise ambiental se agrava no estado

Rio Acre registra nível mais baixo em 53 anos, agravando a crise ambiental no estado.

Estiagem severa provoca baixa histórica no rio e piora a qualidade do ar em Rio Branco, levando à suspensão de aulas.

Por Ana Raquel |Gnewsusa 

O Rio Acre, em Rio Branco, marcou 1,25 metro na manhã desta sexta-feira 20 de setembro, registrando o menor nível desde o início do monitoramento em 1971. Essa é a segunda vez que o rio atinge essa marca, a primeira foi em outubro de 2022, mas a seca atual é ainda mais severa. Com a previsão de que o nível continue a baixar, a situação de crise hídrica no Acre se intensifica.

A estiagem que afeta o estado tem causado um impacto significativo, deixando todos os 22 municípios em estado crítico. Além disso, a qualidade do ar tem piorado drasticamente. A capital, Rio Branco, voltou a ser a cidade mais poluída do Brasil, de acordo com a plataforma suíça IQAIR. A Defesa Civil do Acre atribui essa degradação à combinação de altas temperaturas, falta de chuvas e propagação de incêndios florestais, que têm prejudicado ainda mais a situação ambiental.

Diante da piora na qualidade do ar, as aulas presenciais na rede estadual foram suspensas a partir da tarde desta sexta-feira, e as escolas que teriam atividades no sábado 21 de setembro, também cancelaram suas aulas. A medida busca proteger os alunos dos efeitos nocivos da poluição e da baixa umidade do ar.

A Secretaria de Saúde do Acre reforça as orientações para que a população adote medidas que minimizem os impactos da poluição e da seca. Entre as recomendações estão o aumento da ingestão de água, o uso de bacias com água e toalhas molhadas para aumentar a umidade dos ambientes, além de evitar exposição prolongada em locais abertos.

O coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista, destacou que o estado está enfrentando eventos climáticos extremos, que incluem a redução dos níveis dos rios e o aumento da propagação de incêndios florestais. O coronel também alertou que a poluição do ar é resultado tanto dos quanto dos focos de queimadas em estados vizinhos, cujas partículas são trazidas pelos ventos para a região.

Com a previsão de continuidade da estiagem, o Acre enfrenta um cenário preocupante, com potencial agravamento dos problemas nas próximas semanas. As autoridades seguem monitorando a situação e emitindo alertas para a população, que deve continuar atenta às recomendações de saúde e às possíveis novas medidas emergenciais.

A crise atual no estado reforça a necessidade de políticas ambientais mais rígidas e de uma gestão eficaz dos recursos hídricos, especialmente em um cenário de mudanças climáticas e eventos climáticos cada vez mais extremos.

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