
Zelensky classifica encontro com Trump como “produtivo” após promessa do republicano de encerrar a guerra.
Ex-presidente promete solução eficiente para conflito e critica altos custos da ajuda americana a Kiev.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou durante uma reunião com Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, que pretende resolver o conflito ucraniano de maneira rápida caso vença as eleições de novembro. A promessa foi feita na Trump Tower, em Nova York, na última sexta-feira, 27, após ambos discutirem o cenário atual da guerra.
“Essa é uma guerra que nunca deveria ter ocorrido e a resolveremos”, afirmou Trump, evitando detalhar como alcançaria esse objetivo. Em seu estilo característico, ele ainda ironizou o alto volume de recursos enviados pelos EUA para apoiar a Ucrânia, criticando a gestão de Joe Biden. “Cada vez que vem ao nosso país, vai embora com 60 bilhões de dólares”, comentou, se referindo à constante ajuda financeira destinada a Kiev.
A reunião entre Trump e Zelensky acontece em um momento crucial, no qual o futuro da assistência americana à Ucrânia se torna uma preocupação crescente para o governo de Kiev. Trump, que desde o início da guerra em 2022 vem sendo crítico sobre os altos custos dessa operação para os Estados Unidos, fez da política “Estados Unidos primeiro” um ponto central de sua campanha eleitoral.
Embora tenha destacado sua “relação muito boa” com Zelensky e Putin, o ex-presidente reforçou que o objetivo é colocar um fim no conflito. Zelensky, por sua vez, afirmou que a reunião foi “produtiva” e que ambos concordam sobre a necessidade de acabar com a guerra. “Estamos de acordo que a guerra na Ucrânia deve acabar”, disse o líder ucraniano, que apresentou seu plano de vitória ao ex-presidente.
Enquanto Trump promete soluções rápidas, o atual presidente Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, mantêm a postura de apoio contínuo à Ucrânia, com Biden garantindo que “a Rússia não vencerá”. Kamala Harris, em tom mais enfático, criticou aqueles que sugerem que a Ucrânia deve fazer concessões territoriais, numa clara referência a Trump. Mesmo assim, a administração democrata ainda não parece ter uma solução concreta para encerrar o conflito que se arrasta desde fevereiro de 2022.
Leia mais
Casos de racismo no futebol brasileiro crescem quase 40% em 2023, aponta relatório da CBF
PF apreende R$ 500 mil em Maceió suspeitos de serem usados para compra de votos
Criminosos incendeiam aeronave após interceptação da FAB na fronteira com o Peru
Faça um comentário