
Jorge Kajuru defende impeachment do ministro do STF e critica demora do Senado na análise do pedido.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou um reforço inesperado no Senado. O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), um dos oito vice-líderes do governo Lula, manifestou seu apoio ao processo, o que trouxe ainda mais atenção ao caso. Kajuru, conhecido por suas posições firmes, é um dos 36 senadores que se posicionaram publicamente a favor da destituição de Moraes.
A oposição, que encabeçou o pedido nesta semana, destacou que a iniciativa é histórica, sendo um dos maiores pedidos de impeachment já protocolados contra um ministro do STF. No entanto, a decisão final de abrir o processo depende do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que até o momento não deliberou sobre o tema.
Apoio de Kajuru e críticas ao STF
Jorge Kajuru, que já havia se posicionado contra Moraes em 2021, reafirmou sua postura de forma categórica: “Eu fui o primeiro a pedir em 2021. Agora é que os demais senadores decidiram copiar minha decisão”, afirmou o parlamentar, destacando que não se trata de uma mudança de opinião, mas de uma continuidade em sua visão crítica ao ministro do STF.
Além de Kajuru, o apoio ao impeachment veio de diversos senadores, inclusive de partidos que compõem a base do governo Lula, como União Brasil, PP, MDB, PSD e Republicanos. Essa pluralidade de partidos reforça a pressão sobre Pacheco para que o pedido seja analisado.
Impeachment protocolado: decisão nas mãos de Pacheco
O pedido de impeachment foi protocolado oficialmente no dia 9 de setembro e já é considerado o maior da história, com mais de 150 assinaturas de deputados e o apoio eletrônico de mais de 1 milhão de cidadãos. A expectativa agora gira em torno da decisão de Rodrigo Pacheco, que detém a prerrogativa de dar andamento ao processo.
A articulação em torno do impeachment de Moraes reflete um crescente descontentamento com a atuação do STF, que tem sido alvo de críticas de diversos setores políticos. A demora de Pacheco em se posicionar sobre o tema aumenta as tensões, tanto entre os senadores quanto entre os apoiadores do processo.
O cenário coloca em evidência um embate direto entre o Senado e o Supremo, com o papel decisivo de Pacheco sendo aguardado com grande expectativa. A resposta do presidente do Senado pode definir os rumos desse caso que já se tornou central nas discussões políticas do país.
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