A associação também incluiu recomendações específicas para mulheres, como rastreamentos de fatores de risco aumentado, como certos anticoncepcionais hormonais e pressão alta durante a gravidez.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A Associação Americana de AVC divulgou novas diretrizes para a prevenção e tratamento de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), incluindo a recomendação do uso de medicamentos da classe GLP-1, como o Ozempic.
Segundo a organização, que faz parte da American Heart Association, esses medicamentos têm se mostrado eficazes na redução do peso e no risco de doenças cardiovasculares e AVCs. Com base em evidências sólidas, a entidade recomenda o uso dessas drogas em pacientes com diabetes e em alto risco cardiovascular ou com doenças cardiovasculares já diagnosticadas.
O Ozempic, que contém semaglutida, foi inicialmente desenvolvido para o tratamento do diabetes tipo 2, mas ganhou popularidade como uma opção para tratar a obesidade. Em 2023, outro medicamento semelhante, chamado Wegovy, foi aprovado pela Anvisa.
Essa atualização nas diretrizes marca a primeira alteração nas recomendações da organização em uma década. Além de incluir os medicamentos GLP-1, o novo documento reforça a importância de triagens regulares.
A associação também apresentou orientações específicas para mulheres, destacando a necessidade de monitorar fatores de risco, como o uso de certos anticoncepcionais hormonais e a hipertensão durante a gravidez.
Além disso, recomenda que médicos realizem avaliações de rotina em mulheres trans e outros indivíduos que utilizam estrogênio, visto que isso pode elevar o risco de AVC.
Um estudo recente publicado na revista The Lancet Neurology revelou que, entre 1990 e 2021, o número de casos de AVC globalmente aumentou em 70%. A condição é atualmente a terceira principal causa de morte em todo o mundo, ficando atrás apenas da doença arterial coronariana e da Covid-19. Em 2021, 7,3 milhões de pessoas perderam a vida devido a AVCs.
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