Camilo Santana (PT) é convocado para explicar dança erótica em universidade pública

A falta de regulação sobre esses conteúdos demonstra falha na gestão do Ministério da Educação.

Camilo Santana terá de responder na Câmara sobre performance polêmica durante evento acadêmico na UFMA

Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), foi convocado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para esclarecer uma apresentação polêmica ocorrida na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A convocação foi requerida pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) após uma performance de cunho erótico protagonizada pela influenciadora Tertuliana Lustosa durante o 1º Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política.

Durante a apresentação, realizada na última quinta-feira, Tertuliana subiu em uma cadeira, levantou o vestido e expôs suas partes íntimas, encerrando a performance com a frase: “Educando com o c.”. A influenciadora, conhecida por sua atuação na esquerda e autora da música “Murro na costela do viado”, causou grande repercussão e gerou críticas pela inadequação do conteúdo em ambiente educacional.

O deputado Bilynskyj justificou a convocação afirmando que o caso precisa ser analisado à luz do artigo 221 da Constituição, que exige que conteúdos culturais e educativos respeitem valores éticos e sociais da pessoa e da família. “A ausência de uma devida regulação e supervisão sobre os conteúdos apresentados em eventos organizados por instituições públicas de ensino pode, ainda, configurar falha na gestão e fiscalização por parte do Ministério da Educação, que tem o dever de garantir que as universidades respeitem os valores constitucionais e os princípios educacionais estabelecidos em lei”, destacou o parlamentar.

“Tal situação levanta questionamentos quanto à compatibilidade de tais atos com os princípios que regem a educação pública no Brasil, especialmente no que diz respeito ao respeito à moralidade e aos valores previstos pela Constituição Federal”, destacou o texto do requerimento.

A UFMA divulgou uma nota de esclarecimento classificando a performance como “desapropriada” para o contexto do debate acadêmico e científico. A repercussão do episódio levantou questionamentos sobre a supervisão dos conteúdos apresentados em eventos organizados por universidades públicas e a responsabilidade do Ministério da Educação em garantir que esses espaços respeitem os princípios da moralidade e da ética pública.

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