O ditador norte-coreano Kim Jong-un e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, inspecionam a guarda de honra durante a cerimônia de recepção em Pyongyang – KCNA – 19.jun.2024/via AFP.
Movimento preocupa Seul, que alerta para ameaça à segurança e violações de resoluções internacionais.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Nesta segunda-feira (21), a Coreia do Sul convocou o embaixador da Rússia, Georgi Zinoviev, pedindo a retirada imediata de soldados norte-coreanos que teriam sido enviados à Rússia para lutar na guerra contra a Ucrânia. Segundo autoridades sul-coreanas, até 12 mil militares norte-coreanos podem ser enviados ao conflito, com cerca de 1.500 já em treinamento em bases russas.
Em declaração, o vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kim Hong-kyun, afirmou que a presença desses soldados “constitui uma ameaça considerável à segurança” da região, além de violar resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “Condenamos a cooperação militar ilegal da Coreia do Norte, incluindo o envio de tropas para a Rússia, nos termos mais fortes”, disse Kim.
A Rússia, por sua vez, negou que a cooperação com a Coreia do Norte seja contrária ao direito internacional. O embaixador Zinoviev afirmou que as ações entre os dois países “não são direcionadas contra os interesses de segurança da República da Coreia”. O Kremlin também evitou confirmar o envio de tropas norte-coreanas, mantendo uma postura de silêncio sobre o assunto.
A situação já desperta preocupações em outras potências. O chefe da Otan, Mark Rutte, declarou que, se confirmado, o envio de soldados norte-coreanos representaria uma escalada significativa do conflito. Enquanto isso, os EUA afirmaram que se trata de um “desenvolvimento perigoso“, mas ainda aguardam confirmação dos relatórios.
As relações entre as Coreias seguem tensas, com Pyongyang cada vez mais próxima de Moscou, em uma aliança militar fortalecida nos últimos meses.
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