
Militares norte-americanos realizaram ataques a instalações de armazenamento de armas do grupo xiita Houthis, financiado pelo Irã
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na quinta-feira, 17 de outubro, os Estados Unidos realizaram uma operação militar direcionada a instalações de armazenamento de armas do grupo xiita Houthis no Iémen, conforme anunciou o Pentágono em comunicado oficial. Essa ação militar está alinhada com as declarações anteriores dos EUA de apoio a Israel na confrontação com o Irã, que é considerado um dos principais financiadores dos Houthis.
O secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, informou que os ataques foram cuidadosamente planejados e executados com precisão, visando cinco locais subterrâneos onde os Houthis armazenavam armamentos. Para executar essa operação, foram utilizados bombardeiros B-2 da força aérea dos Estados Unidos, reconhecidos por sua capacidade de atingir alvos subterrâneos fortificados.
Austin enfatizou que esta ação representa a destreza militar dos Estados Unidos em neutralizar alvos que adversários tentam manter fora de alcance, destacando que esses locais de armazenamento estavam profundamente enterrados e fortificados.
De acordo com o Comando Central dos EUA, a motivação por trás dos ataques foi a intenção de diminuir a capacidade dos Houthis de realizar ataques imprudentes e ilegais contra a navegação comercial internacional. Os alvos eram especificamente instalações que guardavam mísseis e outros componentes de armamento, que poderiam ser utilizados para ameaçar embarcações tanto militares quanto civis na região.
O comunicado do Pentágono também mencionou que avaliações de danos estavam sendo conduzidas, com até o momento não se apontarem relatos de vítimas civis em decorrência dos ataques.
Essas ações militares ocorreram após uma conversa entre Lloyd Austin e o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, no dia anterior, 16 de outubro. O governo dos EUA, em um esforço para apaziguar a situação no Oriente Médio, também informou que exigiu melhorias na condição humanitária na Faixa de Gaza por parte de Israel, estabelecendo um prazo de 30 dias para que essas medidas fossem tomadas.
Embora o governo liderado por Benjamin Netanyahu tenha demonstrado disposição para agir, uma carta assinada pelos secretários de Estado e Defesa dos EUA, datada de 13 de outubro, insinuou que a falta de progresso nesse sentido poderia resultar em um embargo de armas para Israel.
Essa série de eventos ressalta a complexidade das relações geopolíticas na região, onde a interferência militar e as exigências diplomáticas se entrelaçam em uma realidade tumultuada.
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