
Venda dos edifícios busca arrecadar 800 milhões de dólares e extinguir cargos hereditários no setor público.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou um ambicioso plano de liquidação de mais de 400 imóveis estatais por meio de leilões, com uma estimativa de arrecadação de 800 milhões de dólares (cerca de R$ 4,5 bilhões). A medida faz parte da estratégia de Milei para enxugar a máquina pública e cortar despesas, informou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
Segundo Adorni, os imóveis leiloados incluem propriedades em diversas regiões do país, além de outros 800 imóveis que serão colocados à venda com o “único objetivo de reduzir gastos desnecessários”. Estima-se que o valor total dessas propriedades seja de 800 milhões de dólares.
Um dos imóveis de destaque na lista de vendas é a antiga sede do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, localizado no bairro de San Telmo e avaliado em 12,5 milhões de dólares (R$ 71,2 milhões). Este ministério foi dissolvido por Milei, que o incorporou como subsecretaria ao Ministério da Justiça, considerando-o “inútil” e fruto de gastos excessivos da administração anterior, liderada por Alberto Fernández.
Adorni também anunciou que o governo publicará um decreto proibindo os chamados “cargos hereditários” no serviço público. Essa prática permite que familiares de funcionários falecidos tenham preferência em contratações no setor público, em condições específicas. No Banco Central, por exemplo, essa preferência era garantida ao cônjuge ou filho do funcionário falecido.
“Esses resquícios de privilégios de sangue, esses resquícios medievais […] persistem em estamentos do setor público argentino”, afirmou Federico Sturzenegger, ministro de Desregulação e Transformação, destacando a nova postura de Milei para transformar e modernizar o serviço público do país.
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