Israel ataca 300 localidades no Líbano enquanto EUA pedem cessar-fogo

Fumaça sobe de áreas alvos de um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute no final de 21 de outubro de 2024.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Israel retoma os bombardeios no subúrbio sul de Beirute nesta segunda-feira (21), com o exército israelense afirmando ter atingido cerca de 300 alvos do Hezbollah em apenas 24 horas. O conflito, que tem gerado intensas preocupações internacionais, é visto pelos Estados Unidos como uma situação que precisa ser resolvida “o mais rápido possível“.

De acordo com o exército de Israel, aproximadamente 170 projéteis foram lançados pelo Hezbollah em direção ao território israelense, enquanto a milícia libanesa reportou um ataque a uma base de inteligência israelense nos arredores de Tel Aviv.

A agência de notícias libanesa ANI informou sobre treze bombardeios nas áreas ao sul de Beirute na noite desta segunda, após solicitação para evacuação de moradores em diversas localidades. Socorristas do Hezbollah relataram que pelo menos três pessoas morreram no bairro de Ouzai, enquanto outras quatro, incluindo uma criança, perderam a vida em um ataque próximo ao principal hospital público do Líbano, conforme dados do Ministério da Saúde do país.

O enviado dos EUA, Amos Hochstein, que visita Beirute, reiterou o compromisso de Washington em buscar uma resolução para o conflito de forma rápida. Ele destacou que a resolução 1701 da ONU, que encerrou a guerra entre Israel e Hezbollah em 2006, deveria servir como base para um novo cessar-fogo, no entanto, observou que nenhuma das partes tem tomado medidas efetivas para implementá-la.

A resolução 1701 estipula que somente o exército libanês e a Força Internacional de Manutenção da Paz da ONU (Unifil) podem operar nas áreas ao sul do rio Litani, próximo à fronteira com Israel. Entretanto, o Hezbollah mantém presença na região, enquanto Israel intensifica sua ofensiva militar no Líbano, em meio a sua luta contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Diante deste cenário complexo, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se prepara para uma nova viagem ao Oriente Médio, com o intuito de reviver as negociações por um cessar-fogo em Gaza e evitar uma escalada no conflito regional, especialmente após a promessa de Israel de retaliar um ataque do Irã com mísseis.

O exército israelense também declarou que atingiu cerca de 30 alvos ligados à Al Qard Al Hasan, uma organização financeira associada ao Hezbollah, que Israel alega estar envolvida no financiamento de armamentos do grupo. Dentre esses alvos, há um bunker que abrigava “dezenas de milhões de dólares” em ativos financeiros.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos expressou sua preocupação com os “danos significativos a instalações civis” causados por esses ataques. A Al Qard Al Hasan é sancionada pelos Estados Unidos, que a acusam de servir como uma fachada para as atividades financeiras do Hezbollah.

As operações terrestres israelenses no sul do Líbano continuam, com o objetivo de permitir o retorno seguro de aproximadamente 60.000 israelenses que foram forçados a abandonar suas casas devido aos ataques do Hezbollah. Desde 23 de setembro, ao menos 1.489 pessoas perderam a vida no Líbano, conforme relatório da AFP, enquanto a ONU estima cerca de 700.000 deslocados.

Além disso, na Síria, o governo local confirmou que dois civis foram mortos em um ataque aéreo israelense em um bairro de embaixadas em Damasco, que ocorreu durante uma cerimônia em homenagem ao líder do Hamas, Yahya Sinwar, que foi morto em Gaza em 16 de outubro. Fontes do Hamas indicaram que a liderança do movimento será temporariamente assumida por um comitê baseado no Catar.

 

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