Em meio à alta dos preços, fala do ministro do Trabalho gera críticas por falta de soluções concretas.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Nesta quarta-feira (30), o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, causou polêmica ao comentar sobre estratégias para enfrentar a inflação em coletiva de imprensa. Durante sua explicação sobre os mecanismos de oferta e demanda, o ministro sugeriu que os consumidores “substituam a alface por chicória” caso o preço esteja alto, ressaltando que a lei da oferta e demanda “regula o preço”.
A fala gerou críticas imediatas por sua simplicidade frente ao cenário de inflação crescente e ao aumento significativo nos preços de alimentos e da carne bovina. Em apenas quatro meses, o preço da arroba do boi subiu 44%, um aumento que evidencia a pressão inflacionária que impacta diretamente a mesa do brasileiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, a alta é de 31%, um índice que não era visto desde julho de 2022.
“Acho que é um processo pra sociedade, inclusive, refletir e muitas vezes à imprensa, diz ‘olha, tal coisa tá cara’, substitui por outra”, disse o ministro.
A sugestão de Marinho foi considerada uma resposta superficial, que não aborda as causas estruturais da inflação e os desafios enfrentados pelas famílias de menor renda. A expectativa dos consumidores é por políticas mais robustas e soluções efetivas que ajudem a conter a alta dos preços e a reduzir o impacto da inflação no poder de compra.
A fala do ministro, enquanto sugere que a população busque alternativas mais baratas, desvia o foco da urgência de medidas econômicas concretas para mitigar a inflação e as altas taxas de juros que afetam a economia do país.
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