Paul Lowe, de 61 anos, conhecido por seu trabalho como fotógrafo de guerra, foi encontrado sem vida próximo a uma trilha de caminhada nas montanhas de San Gabriel
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Um renomado fotojornalista britânico, Paul Lowe, de 61 anos, foi tragicamente assassinado por seu filho de 19 anos, Emir Lowe, durante uma caminhada nas montanhas de San Gabriel, nos arredores de Los Angeles, Estados Unidos.
O incidente comovente gerou uma onda de choque e lamento, amplamente divulgado pela mídia internacional e corroborado pelo Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles.
Conforme apurado, Paul Lowe, amplamente reconhecido pelo seu trabalho em zonas de conflito, foi encontrado sem vida em uma trilha de caminhada. O médico legista do condado confirmou que o fotógrafo sofreu um ferimento fatal no pescoço, resultante de uma facada. Após o ataque, um veículo foi avistado deixando rapidamente a cena do crime, mas foi interceptado alguns quilômetros adiante após se envolver em um acidente.
As investigações posteriores revelaram que o motorista fugido era, na verdade, Emir Lowe, o filho da vítima, que foi detido e agora enfrenta acusações de homicídio.
Em resposta à tragédia, o King’s College de Londres, onde Paul Lowe lecionava como professor convidado em estudos sobre guerra, expressou seu profundo pesar, destacando que sua ausência será sentida intensamente por todos aqueles que o conheciam e admiravam seu trabalho.
Paul tinha uma longa e respeitada carreira no fotojornalismo, na qual documentou eventos significativos e dolorosos da história recente, incluindo a queda do Muro de Berlim, a guerra na Bósnia, a Revolução Romena e as intensas batalhas durante o cerco de Sarajevo.
Além de seu papel como fotógrafo, Paul Lowe também era docente na Universidade das Artes em Londres, compartilhando sua vasta experiência e conhecimento com a próxima geração de artistas e jornalistas.
Uma de suas obras mais emblemáticas, uma foto em preto e branco de uma criança segurando uma bola durante o cerco de Sarajevo em 1992, se tornou um poderoso símbolo de sua carreira, ilustrando sua habilidade de capturar a humanidade mesmo em meio ao caos e à dor. Esta imagem, ao lado de tantas outras, solidifica seu legado como um dos mais importantes fotojornalistas de sua época.
A comunidade em que ele trabalhou e viveu está agora de luto, refletindo sobre a perda de um homem cuja vida foi marcada não apenas por suas conquistas profissionais, mas também por uma tragédia que abalou os alicerces de sua própria família.
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