
Relatório revela casos de violência sexual e acusações arbitrárias de terrorismo contra crianças e adolescentes
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
A Missão Internacional Independente do Conselho de Direitos Humanos da ONU para a Venezuela publicou nesta segunda-feira, 14, um relatório alarmante sobre a detenção de 150 menores desde as eleições contestadas de 28 de julho. Entre os detidos, 122 são meninos e 28 são meninas, segundo o documento, muitos foram acusados injustamente de crimes graves, como incitação ao ódio e terrorismo, apesar de não participarem dos protestos.
O relatório destaca que as detenções foram feitas sem ordens judiciais ou flagrantes, em operações indiscriminadas, inclusive em áreas onde não havia manifestações. Além disso, os menores permaneceram incomunicáveis por até 18 dias após a prisão, sem qualquer informação inicial sobre o motivo da detenção.

Em cinco dos onze casos investigados, meninas sofreram violência sexual durante o período em que estiveram privadas de liberdade. O relatório aponta ainda que muitos jovens foram levados a centros de reintegração para adolescentes, mas alguns acabaram em instalações destinadas a adultos, sem separação adequada por idade, gênero ou periculosidade, o que aumentou a vulnerabilidade dessas crianças e adolescentes.
O relatório chama atenção para a necessidade urgente de monitoramento contínuo sobre essas práticas e cobra explicações das autoridades venezuelanas quanto às detenções ilegais e ao tratamento dado aos jovens durante o período de custódia.
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