PT apoia Maduro em resolução do Foro de São Paulo

PT reafirma solidariedade ao regime venezuelano.

Partido adota estratégia de silêncio sobre o caso no Brasil para não comprometer desempenho nas eleições municipais.

Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu apoiar oficialmente a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, ao assinar uma resolução do Foro de São Paulo durante um encontro realizado no México. A reunião, ocorrida após a posse de Claudia Sheinbaum como presidente do país, contou com a presença de diversas lideranças de esquerda da América Latina, reafirmando solidariedade ao regime venezuelano, conhecido por violações aos direitos humanos e restrições democráticas.

A participação ativa de Mônica Valente, secretária executiva do Foro e dirigente nacional do PT, na elaboração do documento, demonstra o comprometimento do partido com o apoio a Maduro. A ausência de uma nota oficial da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, sobre o caso reflete a estratégia de silêncio adotada diante da repercussão potencialmente prejudicial. Segundo fontes internas, essa decisão buscou evitar impactos negativos nas eleições municipais brasileiras de 2024, onde o PT enfrenta desafios para manter e conquistar novos espaços políticos.

PT é alvo de críticas

A decisão do PT reacende críticas recorrentes sobre a proximidade do partido com governos considerados autoritários na América Latina. Enquanto a Venezuela enfrenta sérias denúncias de fraude eleitoral, repressão política e uma crise humanitária sem precedentes, o endosso de partidos brasileiros a Maduro pode soar como uma afronta aos princípios democráticos que o próprio PT diz defender no Brasil.

Estratégia silenciosa do PT busca evitar desgaste eleitoral após apoio ao regime venezuelano.

Silêncio calculado, mas risco político elevado

A escolha de não divulgar publicamente o apoio ao regime de Maduro sugere uma tentativa de mitigar o desgaste político interno, mas essa postura também revela falta de transparência. O apoio a Maduro pode ser interpretado como uma incoerência em relação ao discurso de defesa da democracia que o PT promove no Brasil. Para muitos, a decisão reforça a crítica de que o partido relativiza abusos de poder em nome de conveniências ideológicas e alianças regionais.

Em um contexto político cada vez mais polarizado, a estratégia do PT de evitar o debate aberto sobre temas delicados pode se voltar contra o próprio partido. O episódio reforça a narrativa de que o PT prioriza alianças internacionais em detrimento dos interesses democráticos e sociais brasileiros.

Leia mais

Polícia Federal prende alemão por crimes de ódio e terrorismo em Blumenau

PF avança em operação contra fraude em vestibulares de medicina

Trump surpreende em comício na Pensilvânia ao animar plateia com música e dança

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*