
OEA exige libertação imediata dos menores e condena práticas do regime de Maduro.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) fez uma denúncia contundente contra o governo venezuelano nesta quinta-feira (10), destacando a situação de dezenas de crianças e adolescentes que, segundo o órgão, estão “detidos ilegalmente” e “sequestrados pelo regime” de Nicolás Maduro. As vítimas, de acordo com a denúncia, são submetidas a “humilhações e torturas inimagináveis”.
O gabinete de Luis Almagro acusou o regime de Maduro de cometer “atrocidades” e criticou a conduta do governo venezuelano, que teria atingido “os piores níveis de barbárie”. “Os áudios e relatos dos centros de tortura na Venezuela são assustadores: menores de idade que são torturados com choques elétricos, espancamentos, falta de alimentação ou mesmo abusos sexuais”, afirmou a Secretaria-Geral em um comunicado.
A denúncia é acompanhada de um apelo para que todos os democratas do mundo se unam contra essas práticas: “Sua dor e seus gritos são uma nova razão inevitável para que todos os democratas exijam inequivocamente o fim da barbárie na Venezuela”.
Desde as manifestações contra a reeleição de Maduro em 28 de julho, em um contexto marcado por suspeitas de fraude, mais de 2.400 pessoas foram presas, incluindo 164 adolescentes, dos quais 67 ainda estão detidos sob acusações de terrorismo. Os protestos resultaram em 27 mortes — duas delas de militares — e 192 feridos.
Em sua declaração, a OEA pediu “a libertação imediata dos menores sequestrados pelo regime venezuelano, que se coloque fim a todos os tipos de tortura e que os responsáveis materiais e intelectuais por estes crimes infames sejam levados à justiça“. A entidade ainda criticou o poder Judiciário da Venezuela, classificando-o como “um instrumento de repressão”.
Por fim, a OEA ressaltou a necessidade de a comunidade internacional agir para que “as violações sistemáticas dos direitos humanos contra os adolescentes (…) não fiquem impunes”, lembrando que o governo venezuelano continua a ignorar as recomendações da organização, da qual solicitou formalmente a saída em 2017.
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