Foto/Reprodução.
A operação Shadow mobilizou cerca de 50 policiais e desarticulou uma rede criminosa que atuava em Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou, na manhã da última quinta-feira (10), uma operação que resultou na desarticulação de uma organização criminosa especializada em abastecer servidores e funcionários terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF) com cocaína e maconha. A ação, denominada Shadow, envolveu aproximadamente 50 policiais, incluindo membros da Divisão de Operações Especiais (DOE), e ocorreu nas localidades de Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas.
Estrutura da quadrilha e modo de operação
Após cerca de um ano de investigações, a polícia conseguiu identificar os quatro principais envolvidos no esquema. As transações de drogas eram realizadas por meio de grupos de WhatsApp, utilizando diversos endereços para dificultar a localização pelos agentes.
Os principais suspeitos identificados pela polícia são:
Alvo 1: um homem de 34 anos, que atuava como intermediário na logística de distribuição de drogas. Ele possui um histórico criminal ligado a violência doméstica e lesão corporal.
Alvo 2: um homem de 37 anos, com antecedentes por tráfico e porte de drogas desde 2009, sendo um dos principais fornecedores da quadrilha.
Alvo 3: um homem de 23 anos, residente em Águas Lindas, conhecido por usar múltiplos endereços para despistar a polícia. Possui registros por porte de entorpecentes.
Alvo 4: um homem de 36 anos, morador de Ceilândia, que, apesar de estar em prisão domiciliar, continuava a colaborar com a organização. Seu histórico inclui crimes como roubo e porte de arma.
Os indivíduos serão acusados de tráfico de drogas e associação ao tráfico, crimes que podem resultar em penas de até 15 anos de prisão.
O delegado Rafael Catunda, da 5ª DP (Delegacia de Polícia), revelou que as investigações foram iniciadas após a prisão de um trabalhador terceirizado que atuava em instituições públicas. “Após a investigação, vimos que ele era apenas um elo entre os usuários, que em sua maioria eram servidores com alto poder aquisitivo, e os traficantes, que foram alvo da operação de hoje”, declarou.
A operação resultou em várias prisões e a apreensão de substâncias ilícitas, evidenciando a complexidade do tráfico de drogas em áreas próximas a órgãos governamentais. As autoridades continuam a investigar a rede de distribuição e os vínculos entre os envolvidos.
Resposta do STF
Em nota oficial, o Supremo Tribunal Federal declarou que está colaborando com as investigações sempre que solicitado e que a apuração policial está relacionada ao “fornecimento que teria ocorrido em estacionamento próximo” ao STF, o qual não pertence à instituição.
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