
Ministério da Saúde apresenta avanços em políticas públicas para garantir cuidado integral e melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Por Paloma | GNEWSUSA
A doença falciforme é uma condição genética caracterizada pela presença de hemácias, ou glóbulos vermelhos, em forma de foice, o que compromete a circulação do sangue e o transporte de oxigênio pelo corpo. Essa deformação das células sanguíneas leva a obstruções nos vasos, causando crises de dor intensas e aumentando a propensão a infecções e outras complicações graves. A condição requer acompanhamento contínuo e tratamentos específicos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, celebrado em 27 de outubro, o Ministério da Saúde do Brasil anuncia importantes avanços no diagnóstico e tratamento dessa condição. Desde 2023, a doença falciforme foi incluída na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, exigindo que profissionais de saúde notifiquem a ocorrência ao ministério. A medida visa fortalecer políticas públicas para atender às necessidades específicas da população afetada.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, enfatiza a importância da notificação compulsória para orientar ações de saúde pública, permitindo a análise do cenário epidemiológico e a identificação dos principais riscos. Além disso, o ministério destaca a relevância da conscientização social sobre os direitos das pessoas com doença falciforme, promovendo uma sociedade mais inclusiva.
A lei que institui o Dia Nacional de Luta foi aprovada em 2009, para dar visibilidade à luta das pessoas com doença falciforme, que afeta predominantemente a população negra. Entre 2014 e 2020, foram registrados 3,75 casos a cada 10 mil nascidos vivos, com uma taxa de mortalidade de 0,28 por 100 mil habitantes. Entre 2014 e 2023, a maioria das mortes (74,3%) ocorreu entre pessoas pardas ou negras.
Em 2024, a Secretaria de Vigilância em Saúde intensificou capacitações para profissionais de saúde com o objetivo de implementar uma vigilância nacional. Já a coordenadora-geral da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), Maria Zenó Soares, ressalta que a mortalidade precoce é um dos principais desafios e defende a incorporação de novas tecnologias para aprimorar a qualidade de vida dos pacientes.
Entre os avanços, destacam-se o transplante de medula óssea e a nova dosagem de hidroxiureia. Centros de referência em Ilhéus (BA), Belo Horizonte (MG), Pará e Alagoas foram citados pelo ministério como exemplos de atendimento qualificado. Também foram anunciados novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), como a alfaepoetina e a hidroxiureia em comprimidos de 100mg para crianças.
A assistência é garantida por equipes multiprofissionais, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e agentes de saúde, com atendimento iniciado imediatamente após o diagnóstico, assegurando cuidados abrangentes que consideram os aspectos físicos, emocionais e sociais dos pacientes.
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