
Ministério da Saúde intensifica esforços para expandir capacidade de detecção da infecção fora da região amazônica.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Ministério da Saúde, em parceria com importantes instituições de pesquisa do Brasil, realizou entre os dias 21 e 23 de outubro de 2024 um treinamento especializado para profissionais de laboratórios com foco no diagnóstico do vírus Oropouche. A capacitação, que ocorreu no Pará, faz parte das ações do governo para ampliar a capacidade de diagnóstico laboratorial e permitir a detecção de casos dessa infecção fora da região amazônica, onde tradicionalmente ocorre.
Conduzida pela Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) e pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), a atividade reuniu representantes de diversas instituições renomadas, incluindo a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/FIOCRUZ), o Instituto Adolfo Lutz (IAL-SP), o Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ-PR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Serviço de Verificação de Óbito do Ceará Dr. Rocha Furtado (SVO-CE).
O treinamento teve como foco principal a padronização dos protocolos de diagnóstico do vírus Oropouche, tanto em tecidos humanos quanto em amostras de primatas não-humanos, que são utilizados como modelo para estudos. Entre as atividades desenvolvidas, destacam-se as práticas de preparo de reagentes e padronização de protocolos para testes imuno-histoquímicos. Essa metodologia é essencial para a localização de antígenos virais em amostras de tecidos e células, sendo uma ferramenta crucial no diagnóstico preciso da infecção.
Além da parte prática, os participantes discutiram os fluxos de diagnóstico anátomo-patológico relacionados ao Oropouche e definiram uma lista padronizada de insumos necessários para a realização dos testes. A oficina teve como objetivo não apenas o aprimoramento técnico, mas também a harmonização de práticas entre os diferentes laboratórios envolvidos no combate à disseminação do vírus.
A iniciativa surgiu como resposta à recente detecção de casos de Oropouche em áreas fora da Amazônia, ampliando a necessidade de uma resposta laboratorial eficiente em outras regiões do país. O treinamento realizado no Pará representa um passo significativo na preparação dos profissionais e na estruturação de uma rede de diagnóstico capaz de identificar e conter a disseminação do vírus em território nacional.
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