
Ex-presidente destaca que medidas foram analisadas dentro das “quatro linhas” e critica acusações da PF.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou nesta segunda-feira (25) que todas as medidas avaliadas durante seu mandato respeitaram os limites da Constituição. Em resposta ao indiciamento pela Polícia Federal (PF), que aponta um suposto plano de golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, Bolsonaro rejeitou as acusações e afirmou que nunca houve intenção de um golpe de Estado.
“Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe”, declarou o ex-presidente.
Bolsonaro ressaltou que sempre atuou dentro da legalidade e que não apoiaria ações que ultrapassassem os limites constitucionais. “Se alguém viesse discutir golpe comigo, ia falar: ‘Tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como fica o mundo perante a nós?’ Todas as medidas possíveis, dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei”, acrescentou.
Negativa sobre estado de sítio
Bolsonaro também desmentiu qualquer ação concreta para declarar estado de sítio no país, uma medida excepcional que teria sido cogitada, segundo a PF. “Não levei para frente. Até para estado de Defesa. Não convoquei ninguém e não assinei papel. Eu procurei saber se existia alguma maneira na Constituição para resolver o problema. Não teve como resolver, descartou-se”, afirmou.
O ex-presidente explicou que sempre buscou uma solução constitucional para os desafios enfrentados durante seu governo. “A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário. Desde quando eu assumi, em 2019, vinha sendo acusado de querer dar um golpe”, destacou.
Crítica aos áudios divulgados pela PF
Bolsonaro ainda se posicionou sobre áudios apresentados pela PF, nos quais militares supostamente discutem um golpe. Para ele, o conteúdo é ofensivo e não reflete sua conduta ou visão política. “Até nesses áudios vazados, me ofende, até. Não faço, jamais faria algo fora das quatro linhas. Dá pra você resolver os problemas do Brasil, seus problemas, inclusive, dentro da Constituição”, declarou.
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