
Ex-presidente critica prisões de militares e aponta falta de respaldo legal nas acusações.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Jair Bolsonaro (PL) se manifestou neste sábado (23) contra as acusações da Polícia Federal que o apontam como participante de uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Para o ex-presidente, o inquérito é uma “absurdo” e as prisões preventivas de militares ligadas ao caso são injustificáveis e sem respaldo legal.
Durante uma transmissão ao vivo no Instagram, realizada pelo ex-ministro do Turismo Gilson Machado, Bolsonaro expressou indignação: “Vai dar golpe com um general da reserva e 4 oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Não fique botando chifre em cabeça de cavalo”. A live aconteceu enquanto Bolsonaro estava em São Miguel dos Milagres (AL), cortando o cabelo.
As prisões preventivas de cinco militares, acusados de planejar atos contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, do STF, foram classificadas como “injustas” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que não há respaldo legal para essas detenções: “Eles estão sendo presos injustamente agora de forma preventiva. Não encontram um só respaldo na lei que faz a preventiva prender esses 4 oficiais”, declarou.
Militares presos
Entre os nomes dos militares que tiveram prisão preventiva decretada estão o policial federal Wladimir Matos Soares, o general da reserva Mário Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.
Bolsonaro destacou que essas prisões representam uma grave injustiça e questionou a condução do processo pela PF, alegando perseguição política.
Indiciamentos contestados
Além das críticas às prisões, Bolsonaro também rebateu seu próprio indiciamento, anunciado na última quinta-feira (21), pela Polícia Federal. Ele, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 34 pessoas foram acusados de envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. De acordo com a PF, há elementos suficientes que indicam a participação do ex-presidente em ações destinadas a impedir a posse de Lula.
Bolsonaro, porém, voltou a afirmar que as acusações carecem de provas consistentes. “Estão criando narrativas para justificar perseguições. Não há nenhum fundamento que sustente essas acusações”, pontuou.
O ex-presidente já havia sido indiciado em outras investigações este ano, incluindo um caso sobre a suposta venda ilegal de joias sauditas e outro relacionado à falsificação de certificados de vacina. Ainda assim, Bolsonaro reitera que esses inquéritos são parte de uma estratégia para desestabilizar sua base de apoio.
Com críticas firmes às decisões recentes, Bolsonaro reforça sua narrativa de perseguição política e segue contando com a fidelidade de seus apoiadores, que veem as acusações como tentativas de enfraquecê-lo politicamente.
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