
Gerardo Werthein reforça apoio ao opositor Edmundo González e denuncia práticas do governo de Maduro.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Durante uma entrevista recente, o chanceler argentino, Gerardo Werthein, manifestou preocupação com o agravamento da crise política e humanitária na Venezuela. Ele criticou duramente o governo de Nicolás Maduro, descrevendo-o como uma “ditadura totalitária” e destacando as alegações de fraude nas eleições presidenciais.
Werthein reiterou a posição da Argentina de reconhecer Edmundo González Urrutia, candidato da oposição, como legítimo vencedor do pleito. Segundo ele, “os venezuelanos votaram e escolheram Edmundo”, enquanto os resultados apresentados por Maduro carecem de credibilidade perante a comunidade internacional.
Apesar de estar exilado na Espanha devido à perseguição política, Edmundo González anunciou sua intenção de retornar à Venezuela e assumir a presidência em 10 de janeiro, seguindo a Constituição do país.
Direitos humanos e denúncias de tortura
A grave situação dos presos políticos na Venezuela também foi alvo de novas denúncias. Andreina Baduel, filha do general Raúl Baduel, relatou as condições desumanas enfrentadas por seu irmão, Josnars Adolfo Baduel, detido desde abril.
De acordo com Andreina, ele perdeu mais de 12 quilos e está confinado em uma cela de 2×2 metros com acesso limitado a alimentação, água e cuidados médicos.
“As prisões venezuelanas funcionam como centros de tortura”, afirmou, comparando a situação a um “assassinato em câmera lenta”, como o que vitimou seu pai.
Josnars Adolfo necessita de várias cirurgias devido às lesões provocadas por torturas, incluindo choques elétricos e suspensões para espancamento. Essas práticas refletem o cenário de violação dos direitos humanos denunciado por organizações internacionais.
Cenário de incerteza
O chanceler argentino também rejeitou as tentativas de Maduro de se manter no poder, classificando o evento eleitoral como uma “fraude absoluta”. Ele enfatizou que a Argentina não mudará sua posição, reafirmando o compromisso com os valores democráticos.
Enquanto isso, o futuro da Venezuela permanece incerto, com a expectativa do retorno de Edmundo González e o desafio de restaurar a estabilidade política e social em meio às crescentes tensões internas e externas.
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