Bebidas eram da marca de Sammy Hagar, ex-vocalista da banda de rock Van Halen; caminhões responsáveis pelo transporte tiveram rotas alteradas.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
No início de novembro, um roubo audacioso resultou na subtração de pelo menos 24 mil garrafas de tequila da marca Santo Spirit, fundada pelo famoso chef Guy Fieri e pelo ex-vocalista da banda Van Halen, Sammy Hagar. O episódio ocorreu ao redor da fronteira entre o México e Laredo, Texas, onde dois caminhões transportando a bebida ultrapassaram a divisa.
Conforme relatado por Joe Baeza, investigador da polícia de Laredo, os caminhões foram recebidos em um armazém e, logo em seguida, os motoristas, contratados de maneira legítima, receberam instruções para entregar a carga em um armazém localizado na Pensilvânia. Porém, durante o trajeto, os motoristas receberam a ordem, supostamente de seus superiores, para redirecionar a entrega para um depósito em Los Angeles, justificando a mudança por “problemas logísticos“.
Os motoristas finalmente entregaram a tequila em um local que parecia legítimo em Los Angeles, mas desde então a carga se esvaiu. “Essa foi a última vez que alguém teve notícias da localização da tequila”, contou Baeza, que acredita que o caso é de roubo planejado, não um simples extravio.
Dan Butkus, CEO da Santo Spirits, informou que o carregamento totalizava 24.240 garrafas, incluindo 240 unidades excepcionais do Extra Añejo Single Barrel, envelhecido por mais de 36 meses e avaliado em US$ 119 (aproximadamente R$ 693) cada. A empresa estima que o prejuízo com as tequilas roubadas seja de cerca de US$ 1 milhão (em torno de R$ 5,8 milhões).
Butkus enfatizou que o Extra Añejo fazia parte do primeiro lote dessa linha, que estreou em 2017. Em entrevista para a People, Guy Fieri revelou estar surpreso com a ousadia do roubo que envolveu dois caminhões, destacando que um só já seria significativo: “Dois? É necessário o dobro de pessoas e aumenta o nível de risco. É realmente impressionante“, comentou.
Em uma mensagem, Sammy Hagar descreveu o roubo como um “enorme revés para uma empresa independente em um mercado desafiador“, mas garantiu que não permitiriam que isso os derrubasse. “Nossa destilaria está dando tudo para recuperar o estoque o mais rapidamente possível“, afirmou.
De acordo com a CargoNet, uma organização dedicada a prevenir roubos de carga, crimes desse tipo devem aumentar em mais de 25% em 2024, em comparação com o ano passado, que já tinha batido recordes nos Estados Unidos. Embora o furto de bebidas alcoólicas tenha diminuído, as bebidas destiladas estão se tornando o alvo principal para 2024.
Butkus explicou que a tequila foi alvo de um esquema de “corretagem dupla“, onde um corretor de transporte entrega a carga a outra transportadora sem o conhecimento do cliente. Também foi relatado que um dos caminhões utilizou um emulador de GPS para ocultar sua localização.
O CEO acredita que a tequila deve ser vendida no mercado negro, potencialmente abastecendo bares, restaurantes e consumidores. “É um golpe duro para nossa operação e um soco no estômago, mas não permitiremos que isso nos derrube. Emergeremos mais fortes, apesar de toda a frustração“, finalizou.
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