
Exilado na Espanha, opositor promete reconstrução do país e contesta reeleição de Nicolás Maduro.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Edmundo González, líder opositor da Venezuela e principal candidato contra Nicolás Maduro nas eleições de julho de 2024, anunciou na última segunda-feira (25) que assumirá a Presidência do país no dia 10 de janeiro de 2025. Exilado na Espanha desde setembro, González reafirmou sua determinação em liderar o país, desafiando o regime de Maduro, que se declarou vencedor do pleito.
“Todos estão determinados a que no dia 10 de janeiro comece a reconstrução da Venezuela. Para isso, contamos com o respaldo e o apoio de cada um de vocês onde estiverem”, declarou o opositor em entrevista à uma rádio da Colômbia.
González criticou duramente o processo eleitoral conduzido pelo regime chavista e destacou que o resultado das eleições é amplamente questionado por líderes internacionais. Países como Estados Unidos, União Europeia e várias nações latino-americanas não reconheceram a legitimidade da reeleição de Maduro.
Apoio internacional e mediação
O opositor destacou os esforços de países como Colômbia e Brasil para intermediar uma solução para a crise venezuelana. Ele também agradeceu aos líderes internacionais que se posicionaram contra o regime de Maduro, ressaltando a importância do apoio dos Estados Unidos e da União Europeia.
“O respaldo internacional é fundamental para darmos um passo à frente e colocarmos fim a esse regime que destruiu nossa nação”, disse González.
Embora o Brasil, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, tenha evitado reconhecer a eleição de Maduro, González reconheceu a tentativa de mediação brasileira e colombiana como passos iniciais importantes.
Perseguição e desafios
Desde setembro, González vive na Espanha devido a uma ordem de prisão emitida pelo regime venezuelano, que o acusa de não responder a intimações relacionadas às eleições. Apesar das acusações, o opositor segue confiante e reafirma que sua vitória nas urnas representa a vontade do povo venezuelano.
A eleição de julho foi marcada por denúncias de irregularidades, incluindo a ausência de transparência na divulgação dos boletins de urnas. Organizações internacionais, como o Centro Carter, declararam que o processo “não foi democrático”.
Um futuro para a Venezuela
González, que se tornou o símbolo da resistência democrática no país, destacou a necessidade de união para superar a crise humanitária, econômica e política que assola a Venezuela. Com mais de 7 milhões de venezuelanos forçados a deixar o país desde 2014, ele reforça seu compromisso em trazer esperança ao povo.
“O dia 10 de janeiro marcará o início de uma nova era para a Venezuela. Nosso povo merece liberdade, justiça e a oportunidade de reconstruir o país que amamos”, concluiu.
A declaração de González representa um marco na luta pela democracia na Venezuela, em um cenário onde a comunidade internacional segue dividida sobre as melhores formas de lidar com o regime de Nicolás Maduro.
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