Efeitos do tabagismo no sistema imunológico podem durar anos, aponta estudo

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Pesquisadores destacam impactos prolongados do cigarro na imunidade e a importância de parar de fumar.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Um estudo conduzido pelo Instituto Pasteur revelou que os efeitos do tabagismo no sistema imunológico podem se estender por anos, mesmo após a cessação do hábito. A pesquisa analisou amostras de sangue de mais de mil pessoas, evidenciando mudanças epigenéticas que afetam principalmente a imunidade adaptativa — responsável por respostas imunológicas específicas e de longa duração, envolvendo células T e B. Apesar de a imunidade inata, que age de forma imediata e ampla, recuperar-se rapidamente, os danos à imunidade adaptativa persistem por períodos prolongados​.

Impactos profundos no sistema imunológico

O cigarro contém substâncias químicas como nicotina e alcatrão, que enfraquecem o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade a infecções e doenças como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes. A pesquisa revelou que quanto maior o tempo e a intensidade do tabagismo, mais profundas são as alterações imunológicas. Mesmo após parar de fumar, marcadores inflamatórios e imunológicos continuam evidentes por anos​.

Recuperação e prevenção

Embora parar de fumar seja essencial, o estudo apontou que a recuperação total do sistema imunológico pode levar anos. Ainda assim, os especialistas reforçam que abandonar o cigarro reduz significativamente os riscos de complicações graves e melhora a saúde geral ao longo do tempo. Estratégias como dieta balanceada e prática de exercícios podem ajudar na redução da inflamação e no fortalecimento do sistema imunológico durante o processo de recuperação​.

Limitações e avanços

Os pesquisadores reconhecem limitações no estudo, como a homogeneidade da amostra (composta apenas por franceses), o que destaca a necessidade de investigações mais amplas e diversificadas. Apesar disso, o estudo é considerado um avanço para entender os impactos duradouros do tabagismo e guiar políticas públicas e intervenções de saúde preventiva​.

A pesquisa reforça que nunca é tarde para abandonar o cigarro, mas também evidencia que a prevenção é a melhor forma de proteção. Além disso, destaca a urgência de mais estudos para mitigar os danos residuais do tabagismo e ajudar ex-fumantes na recuperação imunológica.

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