
Governo americano reforça combate a práticas antidemocráticas e repressivas do regime venezuelano.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Na última quarta-feira (27), os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de sanções contra 21 indivíduos ligados ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. A iniciativa é uma resposta às práticas autoritárias atribuídas ao governo chavista, que incluem repressão à oposição, corrupção sistêmica e violações de direitos humanos.
As sanções, aplicadas pelo Departamento do Tesouro americano, bloqueiam os bens dos alvos em território dos EUA e preveem punições a instituições ou pessoas que mantenham relações comerciais com os envolvidos. Segundo o secretário de Estado, Antony Blinken, a medida visa proteger os valores democráticos no país sul-americano: “Estamos responsabilizando aqueles que violam direitos humanos e prejudicam a democracia”.
Eleições marcadas por suspeitas e manipulação
A crise venezuelana ganhou novos capítulos com as controversas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime de Maduro, declarou sua vitória, mas não apresentou boletins detalhados para comprovar o resultado. Enquanto isso, Edmundo González Urrutia, principal líder opositor, afirmou que foi o verdadeiro vencedor: “Nossa vitória foi esmagadora e legítima. O povo venezuelano clama por mudança e por liberdade”.
A oposição enfrenta desafios históricos no país. A proibição de María Corina Machado, uma das principais vozes contrárias ao chavismo, de concorrer às eleições foi amplamente condenada por instituições internacionais. Desde 2023, a líder tem sido alvo de perseguição política, com alegações de “irregularidades administrativas”, que ela e seus aliados classificam como infundadas e parte de um plano do governo para silenciar adversários.
Isolamento internacional e reações divididas
As respostas ao regime de Maduro têm variado. Enquanto países como os Estados Unidos e diversas nações latino-americanas condenam as eleições e reforçam a pressão internacional, o Brasil adota uma postura controversa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou não ter visto irregularidades no processo eleitoral venezuelano, um posicionamento que gerou críticas.
A Human Rights Watch alertou que declarações como essa enfraquecem os esforços para restabelecer a democracia na Venezuela. Ao mesmo tempo, organizações como o Centro Carter declararam que o pleito “não foi democrático” e pedem mais ações coordenadas para lidar com as consequências da repressão no país.
Autoritarismo em colapso
O regime de Nicolás Maduro segue enfrentando o colapso social e econômico que força milhões de venezuelanos a buscar refúgio em outros países. Desde 2014, mais de 7 milhões de pessoas fugiram da Venezuela, enquanto o governo se mantém firme no discurso de que “há eleições regulares” e que a oposição não consegue conquistar o apoio popular.
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