Maduro busca apoio iraniano para instalação de fábrica de fibra ótica em movimento visto como manobra geopolítica para manter influência.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Enfrentando pressão interna e acusações de fraude eleitoral na votação de 28 de julho, a ditadura de Nicolás Maduro intensifica suas alianças internacionais ao assinar um acordo estratégico com a empresa iraniana MDC. A parceria visa transformar um antigo armazém em Catia de la Mar, La Guaira, na primeira fábrica de fibra ótica da Venezuela. O projeto foi oficializado pelo governador José Alejandro Terán, com a presença do embaixador iraniano Hojjatolah Soltani e do ministro de Tecnologia da Informação do Irã, Seyed Sattar Hashemi.
Embora Marcos Meléndez, responsável pela Zona Econômica Especial de La Guaira, tenha anunciado que a nova fábrica deve estar pronta até meados de 2025, detalhes específicos sobre o projeto ainda são escassos.
Para críticos, essa parceria é mais um passo na tentativa de Maduro de consolidar apoio externo e desviar o foco das crescentes críticas à sua gestão autoritária e à situação política caótica da Venezuela.
Enquanto Maduro elogia a “unidade inquebrantável” entre Venezuela e Irã como um exemplo de resistência contra “colonialismo e hegemonias”, analistas apontam a aliança como um esforço mútuo para desafiar as potências ocidentais, sem considerar os impactos econômicos e sociais internos. A vice-presidência venezuelana destacou o apoio iraniano à ambição de Maduro de entrar no Brics, em uma clara tentativa de legitimar seu regime frente ao cenário internacional.
Essa movimentação conjunta entre dois regimes amplamente criticados por violações de direitos e falta de transparência é vista com preocupação, reforçando a percepção de uma aliança que pouco contribui para a democracia ou para o bem-estar da população de ambos os países.
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