Jovem que divulgou documentos do Pentágono sobre a guerra na Ucrânia recebe pena de 15 anos nos EUA

A sentença foi proferida nesta terça-feira (12) pela juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Indira Talwani.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA


Jack Teixeira, ex-integrante da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, foi sentenciado a 15 anos de prisão por um tribunal federal nos Estados Unidos, após confessar, em março deste ano, ter divulgado documentos sigilosos do Pentágono relacionados à guerra na Ucrânia.

De acordo com a Associated Press (AP), Teixeira, de apenas 22 anos, foi detido em abril de 2023 e admitiu culpa em seis acusações que envolvem a retenção e transmissão intencional de informações sensíveis de defesa nacional, com base na Lei de Espionagem. O vazamento impactou a percepção global sobre a habilidade dos Estados Unidos em salvaguardar informações críticas.

Durante a audiência, como relatado pela AP, Teixeira pediu desculpas pelos estragos causados e declarou: “Entendo que toda a responsabilidade e as consequências são meus e aceito o que isso acarretará.” Essa declaração foi feita antes de ser levado novamente à custódia.

O conteúdo vazado revelou avaliações confidenciais dos Estados Unidos sobre a situação na Ucrânia, incluindo movimentos das tropas russas e informações sobre a assistência militar aos ucranianos, além de revelar ameaças contra as forças americanas. O incidente provocou um constrangimento significativo no Pentágono e levou o governo de Joe Biden a implementar medidas de segurança mais rigorosas para proteger dados sensíveis.

Durante o julgamento, o promotor federal Jared Dolan defendeu que a pena de 200 meses de reclusão (mais de 16 anos), solicitada pelo governo, era justificável devido ao “dano histórico” ocasionado pelo vazamento, que afetou a segurança dos EUA e de seus aliados. Dolan enfatizou que a sentença serviria como um alerta aos militares sobre as consequências de quebrar a confiança nacional.

Por outro lado, a defesa de Teixeira solicitou uma condenação mais branda, sugerindo que uma pena de 11 anos seria adequada. O advogado do jovem, Michael Bachrach, argumentou que, embora seu ato fosse grave, Teixeira é um jovem sem antecedentes criminais, diagnosticado com autismo, e que não tinha a intenção de prejudicar os Estados Unidos, mas sim de informar seus amigos sobre o conflito na Ucrânia.

Com essa condenação, Teixeira se torna alvo de uma das penas mais severas por vazamento de informações de segurança nacional nos últimos anos. O jovem compartilhou os documentos confidenciais através do Discord, uma plataforma de redes sociais, e chegou a tentar eliminar as evidências de sua ação, destruindo dispositivos eletrônicos em sua residência antes de ser capturado pelas autoridades.

 

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