Declarações de Khamenei intensificam tensões após ataques militares israelenses.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que irá responder de forma severa a Israel e aos Estados Unidos após os recentes ataques israelenses a instalações militares iranianas. Durante uma reunião com estudantes no último sábado, antes do aniversário da ocupação da embaixada americana em Teerã em 1979, Khamenei afirmou que “os inimigos, tanto os EUA quanto o regime sionista [Israel], devem saber que certamente receberão uma resposta devastadora pelo que estão fazendo contra o Irã e a frente de resistência”.
O aiatolá destacou o apoio do Irã a grupos aliados como o Hamas e o Hezbollah, enfatizando que “estamos certamente fazendo todo o necessário para preparar a nação iraniana para enfrentar a arrogância, seja em termos de prontidão militar, armamentos ou ações políticas, e graças a Deus, nossos oficiais estão atualmente engajados nisso”.
A rivalidade entre Irã e Israel tem se aprofundado desde os ataques do Hamas em outubro do ano passado e a subsequente invasão israelense de Gaza. Recentemente, Israel admitiu ter atingido alvos em solo iraniano, aumentando significativamente as tensões, embora não tenham sido atingidas instalações nucleares ou energéticas.
Em resposta aos ataques israelenses de 1º de outubro, o Irã prometeu uma retaliação “definitiva e dolorosa” antes das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Khamenei, que inicialmente buscou minimizar a gravidade dos ataques em 25 de outubro, agora adota um tom mais firme, sinalizando uma escalada na postura iraniana.
Enquanto isso, autoridades israelenses informaram que o país está em “alto nível de prontidão” para responder a qualquer ação iraniana. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que “se o Irã decidir responder, os EUA estarão à disposição para ajudar Israel em sua defesa”.
Além das ameaças de retaliação, o Irã também anunciou possíveis aumentos no alcance de seus mísseis, conforme declaração do chefe do Conselho Estratégico de Relações Exteriores, Kamal Kharrazi. Ele declarou que “se a República Islâmica do Irã enfrentar uma ameaça existencial, inevitavelmente mudaremos a política de nossa doutrina militar” e afirmou que o Irã possui capacidade para produzir armas nucleares, embora esteja restrito por um mandato de Khamenei contra armas de destruição em massa.
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