Brasil será representado por aliados de Bolsonaro enquanto o presidente evita confronto direto com o republicano.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deverá ser convidado para a posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025. Embora haja uma tradição nos Estados Unidos de convidar apenas os representantes diplomáticos, a ausência de Lula no evento também reflete a crescente polarização política entre os dois países, com o petista longe de ser bem-vindo na cerimônia.
Enquanto o presidente brasileiro evita fazer declarações mais duras sobre Trump, suas recentes palavras, inclusive sobre a vitória do republicano, têm sido cautelosas. Em 6 de novembro, Lula parabenizou Trump pela vitória, mas em um tom mais suave, dizendo que “a democracia é a voz do povo” e desejando “sorte e sucesso” ao novo governo. Em contraste, no início do mês, em entrevista à TF1, Lula havia sido enfático ao afirmar que torcia pela vitória de Kamala Harris e que um eventual retorno de Trump à Casa Branca representaria “o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), grande aliado de Trump, já recebeu um convite para a posse por meio de uma ligação telefônica feita pelo próprio Trump, logo após sua vitória. O convite foi intermediado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que acompanhou a apuração dos votos diretamente na casa de Trump, ao lado do ex-ministro Gilson Machado. Apesar de seu passaporte estar retido, Bolsonaro anunciou que pedirá autorização ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, para comparecer à cerimônia, destacando os estreitos laços entre o Brasil e os EUA.
Trump convida Bolsonaro para posse em ligação telefônica após vitória nos EUA
Assim, enquanto Bolsonaro e seus apoiadores garantem sua presença em um dos maiores eventos políticos dos EUA, Lula se vê à margem dessa celebração, refletindo as tensões e divisões que marcam sua relação com o governo de Donald Trump.
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