
Ações inovadoras, investimento de R$ 1,5 bilhão e engajamento da população são destaques da estratégia.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Na segunda-feira (18), durante a reunião da Câmara Técnica Conjunta de Epidemiologia e Vigilância em Saúde Ambiental do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), realizada em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou o Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses. O encontro reuniu gestores e especialistas em saúde de todos os estados para discutir estratégias integradas de enfrentamento e controle das arboviroses, que incluem dengue, zika e chikungunya.
A apresentação foi conduzida pelo secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, que destacou a importância de uma abordagem ágil e eficaz. “Estamos comprometidos em garantir o abastecimento de insumos, fortalecer as ações dos agentes de endemias e organizar a rede de saúde para atender às demandas crescentes. Monitoramos continuamente a situação e trabalhamos para assegurar que as medidas cheguem à população de maneira eficiente”, afirmou.
Inovação e prioridades para 2025
O plano, lançado em setembro, inclui ações prioritárias como:
- Tecnologias inovadoras: Uso de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), método Wolbachia e insetos estéreis em comunidades indígenas.
- Ampliação da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI): Estratégia para eliminar focos do mosquito em áreas residenciais.
- Recursos destinados a 2025: Cerca de R$ 1,5 bilhão serão aplicados na compra de vacinas, insumos laboratoriais, materiais para controle vetorial, campanhas educativas e suporte financeiro aos municípios.
Os recursos serão distribuídos conforme as necessidades de cada estado, priorizando áreas de maior vulnerabilidade social.
Engajamento da população e campanhas educativas
A participação da sociedade é um pilar fundamental do plano. A campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora” incentiva a população a dedicar poucos minutos semanais para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas casas. Mais de 70% dos criadouros estão no ambiente doméstico, reforçando a importância do cuidado preventivo.
Além disso, agentes comunitários de saúde terão suas atividades ampliadas, promovendo ações educativas e mobilizando comunidades. Gestores públicos também são incentivados a garantir a limpeza de espaços públicos, fortalecendo uma abordagem integrada entre governo e sociedade.
Colaboração intersetorial e impacto esperado
O plano foi desenvolvido com a colaboração de pesquisadores, gestores e técnicos de saúde, além de profissionais das comunidades mais vulneráveis. O Ministério da Saúde enfatiza que o controle das arboviroses exige não apenas políticas públicas robustas, mas também o envolvimento de outros setores, como saneamento e educação.
Com ações articuladas, investimento financeiro significativo e o engajamento da população, a expectativa é de uma redução substancial nos casos de dengue e outras arboviroses, protegendo a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros.
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