Crime teria sido motivado por vingança e disputa financeira, envolvendo seguro de vida e patrimônio da vítima.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Nesta terça-feira 19 de novembro, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu Vitória Carla Nunes da Silva, de 33 anos, acusada de planejar o assassinato de seu ex-marido, Alexsandro Aires Carvalho, de 42 anos. Ela teria contado com a ajuda do namorado, Ricardo Nunes da Costa, 29, e de Weslei Rodrigues Botelho dos Santos, 31, para organizar o crime, que culminou com a execução de Alexsandro em abril deste ano, em uma marcenaria de Ceilândia, a cerca de 30 km de Brasília.
De acordo com a investigação, a motivação do assassinato envolveu vingança e interesses financeiros, incluindo o seguro de vida de Alexsandro, avaliado em R$ 70 mil, e uma possível divisão de seu patrimônio. Para realizar o homicídio, Vitória teria convencido Ricardo de que Alexsandro a ameaçava e, juntos, eles planejaram a execução.
Alexsandro foi morto com 13 disparos, sendo cinco na cabeça. Segundo a polícia, após flagrar Vitória e Ricardo juntos em sua casa, o relacionamento entre eles se deteriorou, levando Vitória a alegar que Alexsandro representava uma ameaça. Ela teria manipulado Ricardo para que ele acreditasse que a única solução seria eliminar o ex-marido.
Para realizar o crime, Ricardo e Vitória pediram ajuda a Weslei, que organizou a contratação de Silvio Chaves de Oliveira, 31, como executor. Silvio, acompanhado de um comparsa ainda não identificado, foi até a marcenaria e disparou contra Alexsandro. Durante a ação, um outro marceneiro foi atingido na mão e levado ao hospital.
Além do desejo de vingança, Vitória e Ricardo tinham interesses financeiros no assassinato de Alexsandro. O plano envolvia o recebimento do seguro de vida de Alexsandro e o acesso a parte de seu patrimônio. Silvio e Weslei teriam aceitado participar do crime com a promessa de receber uma parte do valor do seguro.
Momentos antes do crime, Vitória enviou mensagens para Alexsandro, aparentemente sugerindo uma possível reconciliação, uma estratégia para reduzir as suspeitas sobre ela. Ricardo e Weslei estavam juntos no momento da execução, reforçando o planejamento e a colaboração entre eles.
Durante a operação, a polícia apreendeu três armas registradas em nome de Ricardo e Weslei, mas nenhuma delas foi usada no crime. A pistola 9mm utilizada no assassinato ainda não foi localizada, e a polícia continua em busca do comparsa de Silvio.
A PCDF pede à população que colabore com o caso e forneça qualquer informação sobre o comparsa ou a localização da arma do crime pelo telefone 197. As autoridades garantem o sigilo absoluto das denúncias para proteger as testemunhas e auxiliar na resolução completa do caso.
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