
Pesquisadores identificam uma nova característica do Alzheimer precoce que pode ajudar no diagnóstico mais rápido e no tratamento precoce da doença.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Uma nova descoberta científica tem dado esperança no combate ao Alzheimer. Pesquisadores de renomadas instituições de saúde desvendaram um sintoma inédito da doença em seu estágio inicial, o que pode representar um avanço significativo para diagnósticos mais rápidos e tratamentos precoces. O estudo, recentemente publicado na Revista Neurology, revela que alterações na capacidade de discernir emoções nas expressões faciais podem ser um dos primeiros sinais do Alzheimer, muito antes das perdas de memória típicas do estágio mais avançado da doença.
Segundo os cientistas, pacientes com Alzheimer em estágio inicial demonstram dificuldades em reconhecer emoções básicas, como felicidade, tristeza e raiva, quando observam rostos humanos. Essa alteração ocorre devido ao impacto da doença nas áreas do cérebro responsáveis pelo processamento emocional, uma descoberta que contrasta com os sintomas mais tradicionais, como a perda de memória.
A pesquisa, realizada por uma equipe internacional de neurocientistas e psicólogos, analisou 150 indivíduos com Alzheimer em diferentes estágios e 200 participantes saudáveis. Utilizando tecnologias avançadas de imagem cerebral e testes comportamentais, os cientistas observaram que a região cerebral conhecida como amígdala, que está relacionada ao reconhecimento emocional, era afetada precocemente em pacientes com Alzheimer.
Os resultados indicam que essa falha no reconhecimento de emoções pode ser um marcador precoce da doença, proporcionando uma janela de tempo crucial para intervenções médicas antes que os danos cognitivos se tornem irreversíveis.
Este sintoma é um dos primeiros a se manifestar e pode ser utilizado em conjunto com outros sinais para um diagnóstico mais eficaz e oportuno. O avanço no diagnóstico pode permitir tratamentos que atrasem o progresso da doença, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.
Embora a descoberta ainda necessite de mais pesquisas para confirmar sua aplicabilidade em larga escala, os especialistas consideram esse achado um marco importante na luta contra a doença de Alzheimer.
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