Polícia deflagra operação contra líderes da Mancha Alviverde por emboscada a torcedores

A imagem mostra dois policiais civis saindo de um prédio identificado como 'Departamento de Operações Policiais Estratégicas - DOPE'. Foto: Paulo Eduardo Dia
Mandados de prisão e busca são cumpridos contra membros da principal torcida organizada do Palmeiras, acusados de ataque que deixou um morto e 20 feridos em Mairiporã.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Na manhã desta sexta-feira (1°), policiais civis e promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagraram uma operação para cumprir mandados de prisão, busca e apreensão contra membros da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras.

A operação inclui ações em São Paulo, Taboão da Serra e São José dos Campos, com foco em dez endereços ligados aos investigados. Na sede da torcida, localizada na Rua Palestra Itália, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, os agentes usaram um ariete para arrombar a porta e apreenderam diversos objetos ligados à torcida. Até o momento, ninguém foi preso.

Entre os alvos da operação estão o presidente da torcida, Jorge Luís, e o vice-presidente, Felipe Matos dos Santos, acusados de envolvimento na emboscada a torcedores cruzeirenses no último domingo (27), na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. O ataque deixou um morto e cerca de 20 feridos. José Victor Miranda, motoboy de 30 anos, foi agredido e sofreu queimaduras, enquanto um dos ônibus foi incendiado e outro depredado.

A operação envolve equipes do Dope (Departamento de Operações Estratégicas), Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), GER (Grupo Especial de Reação) e a Delegacia Antissequestro. Além dos mandados de prisão, os policiais buscam veículos identificados na cena do crime, além de celulares, computadores, roupas e armas.

Em entrevista, a delegada Fernanda Herbella, que lidera a operação, afirmou que o objetivo é capturar os responsáveis pelo ataque e reunir provas para as investigações. Durante as buscas, o pai de Jorge Luís, Balbino Santos, de 72 anos, foi conduzido à sede da Drade para prestar esclarecimentos. Emocionado, Balbino declarou que entregaria o filho se soubesse onde ele está e defendeu sua inocência, expressando solidariedade à família da vítima fatal.

A operação também resultou na apreensão de um Chevrolet Celta prata e de roupas da torcida, incluindo camisetas da Mancha Alviverde, além de barras de ferro.

O advogado Gilberto Quintanilha, que representa o presidente da torcida, criticou a falta de acesso ao inquérito, afirmando que essa limitação impede que ele compreenda formalmente os motivos das acusações e os pedidos de prisão. Quintanilha informou que Balbino foi à delegacia apenas para esclarecer a posse dos objetos apreendidos.

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