Serial killer confessa dez assassinatos em Maceió: polícia investiga conexão com outros oito crimes

Foto: Reprodução.

Albino Santos de Lima, 42, é suspeito de monitorar vítimas pelas redes sociais e marcar datas dos crimes em um calendário. Pistola usada nos homicídios foi apreendida, e suspeito segue preso desde setembro.

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A Polícia Civil de Alagoas está investigando Albino Santos de Lima, 42 anos, apontado como o maior assassino em série do estado. Ele é suspeito de cometer dez homicídios em um período de um ano, com predileção por vítimas jovens e mulheres. Outros oito assassinatos estão sob análise e podem ser atribuídos a ele. Os crimes foram praticados em Maceió.

Segundo as investigações, Lima agia com frieza. Após matar suas vítimas, ele visitava os túmulos para fotografar e gravar vídeos, zombando dos crimes. Em depoimento, confessou que monitorava suas vítimas pelo Instagram, analisando seus trajetos, locais frequentados e onde moravam. “Eu fazia uma investigação por conta própria”, afirmou, revelando que já planejava novos assassinatos.

Rastreado por munições específicas e câmeras de segurança

A polícia chegou até o suspeito, um ex-segurança penitenciário, ao identificar que as vítimas apresentavam ferimentos causados por um tipo específico de munição. Com a ajuda de imagens de câmeras de segurança, os agentes localizaram Lima, que confessou os crimes. Em seu celular, os peritos encontraram uma lista com os nomes das próximas vítimas.

“Ele tinha uma obsessão por mulheres jovens, de pele mais escura. Sete das dez vítimas têm esse perfil. Acreditamos que ele possa ter sofrido algum tipo de rejeição e, por isso, tirou essas vidas”, explicou a delegada Tacyane Ribeiro.

Crime marcado no calendário

A vítima mais recente foi Ana Beatriz dos Santos, de 13 anos, assassinada na noite de 8 de agosto enquanto caminhava com a irmã. Coincidentemente, o crime ocorreu no aniversário da mãe da jovem, Helyzabethe Bezerra Santos. “Quando soube da notícia, foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu coração. Eu não queria acreditar”, desabafou Helyzabethe.

As investigações mostraram que Lima marcava as datas dos assassinatos em um calendário, seguindo uma espécie de cronograma. Ele utilizava sempre roupas pretas e boné durante as ações, o que foi captado pelas câmeras de segurança.

Frieza e ausência de remorso

Lima justificou os crimes afirmando que as vítimas eram integrantes de facções criminosas, mas a polícia não encontrou qualquer evidência de envolvimento das vítimas com atividades ilícitas. “Ele não demonstra nenhum arrependimento pelos homicídios”, destacou a delegada Ribeiro.

A pistola calibre 380 usada nos crimes foi apreendida. Lima é filho de um ex-policial militar, o que, segundo os investigadores, pode ter contribuído para seu acesso à arma.

Defesa alega problemas psicológicos

O advogado de Lima, Geoberto Bernardo de Luna, afirmou que a defesa seguirá o caminho de argumentar problemas psicológicos do cliente. “A cabeça dele é a de uma pessoa doente, sociopata. Ele tem direito a uma defesa, mesmo sendo um ‘serial killer’”, disse.

Lima já foi indiciado por homicídio qualificado em três dos crimes investigados. A polícia também reabrirá inquéritos de homicídios anteriores, ocorridos desde 2019, para apurar seu envolvimento. Ele está preso desde setembro.

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