Queda na inflação e recuperação das reservas marcam a nova gestão presidencial.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Com a proximidade do primeiro aniversário da presidência de Javier Milei, a Argentina apresenta uma transformação econômica notável. Desde sua posse em dezembro de 2023, o país tem experimentado uma série de mudanças que impactaram positivamente diversos indicadores econômicos.
A inflação, que em novembro do ano passado alcançou alarmantes 12,8% ao mês, viu uma drástica redução. Em outubro deste ano, o índice caiu para 2,7%, com previsões otimistas apontando para apenas 1,5% em dezembro. Essa queda representa não apenas uma desaceleração nos aumentos de preços, mas também uma mudança significativa na abordagem econômica, abandonando práticas como o congelamento de preços que caracterizavam administrações anteriores.
No mercado cambial, a situação também se estabilizou. Antes da chegada de Milei ao poder, o dólar paralelo era três vezes mais caro que o oficial. Atualmente, essa diferença diminuiu para apenas 10%, refletindo um maior controle sobre a moeda e um ambiente econômico mais saudável.
As reservas internacionais da Argentina, que estavam em uma trajetória descendente com apenas 20 bilhões de dólares e preocupações sobre a possibilidade de um novo calote, agora se recuperaram para 30 bilhões de dólares. Essa recuperação é crucial para restaurar a confiança dos investidores e estabilizar a economia.
Além disso, o déficit fiscal que antes era de 4,4% do PIB no último ano do governo anterior agora se transformou em um superávit projetado de 0,5% do PIB neste ano. Essa mudança é ainda mais significativa quando comparada ao déficit fiscal do Brasil, que atualmente gira em torno de 10% do PIB.
Outro ponto importante é a impressão de pesos. Anteriormente utilizada como uma solução para cobrir dívidas, essa prática contribuiu para a hiperinflação. Sob a administração de Milei, essa estratégia foi abandonada, permitindo um controle mais rigoroso sobre a oferta monetária.
O risco país também apresentou uma melhora acentuada. O índice que mede a capacidade da Argentina de honrar suas dívidas caiu drasticamente de mais de 2700 pontos para cerca de 750 pontos. Essa redução é um sinal positivo para os investidores e pode facilitar o acesso a financiamentos internacionais.
Por fim, o financiamento privado na Argentina teve um crescimento impressionante. O volume de investimentos privados saltou de 3,7 bilhões de dólares para 8,5 bilhões de dólares em apenas um ano. Esse aumento é considerado fundamental para impulsionar o crescimento econômico sustentável no país.
Em suma, as mudanças implementadas por Javier Milei ao longo deste último ano têm demonstrado resultados significativos na economia argentina. A combinação da redução da inflação, aumento das reservas internacionais e melhorias no ambiente fiscal e cambial sugere um caminho promissor para o futuro econômico da Argentina.
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