
Degelo do permafrost libera gases de efeito estufa, impactando o clima global e aumentando problemas respiratórios e doenças ligadas ao aquecimento.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A região do Ártico, antes considerada um sumidouro de carbono, agora emite mais dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄) do que consegue absorver. Este fenômeno, causado pelo rápido aquecimento global e pelo degelo do permafrost, intensifica as mudanças climáticas e gera impactos diretos na saúde humana. A amplificação ártica, onde as temperaturas no polo norte aumentam até quatro vezes mais rápido que a média global, acelera a liberação desses gases. Como consequência, enfrentamos uma piora na qualidade do ar, aumento de doenças respiratórias e condições climáticas extremas que afetam sistemas de saúde e segurança alimentar.
Pesquisas recentes apontam que o descongelamento do permafrost libera grandes quantidades de carbono armazenado por milhares de anos. O dióxido de carbono e o metano resultantes intensificam o efeito estufa, aumentando temperaturas globais e contribuindo para desastres naturais mais frequentes, como ondas de calor e enchentes. Esses eventos estão associados ao aumento de problemas respiratórios, como asma, e à propagação de doenças transmitidas por vetores, como dengue e malária, devido ao avanço de áreas habitáveis por insetos vetores.
Além disso, o aumento da poluição do ar gerada por incêndios florestais no Ártico impacta diretamente populações vulneráveis. Crianças e idosos são os mais afetados por essas condições, que também colocam pressão adicional sobre os sistemas de saúde global.
Para mitigar os efeitos, especialistas destacam a necessidade urgente de reduzir emissões globais de gases de efeito estufa e proteger áreas de gelo ainda intactas. Sem ações imediatas, as consequências podem se tornar irreversíveis para o meio ambiente e a saúde global.
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