Governador de Goiás critica a regulamentação de uso da força e alerta sobre os impactos na segurança pública
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez duras críticas ao decreto assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, que regula o uso da força por policiais e impõe severas restrições ao emprego de armas de fogo. Caiado qualificou a medida, que foi elaborada em parceria com o Ministério da Justiça, como um “presente de Natal” para os criminosos e uma forma de enfraquecer a atuação das forças de segurança pública no país.
Segundo o decreto, as armas de fogo deverão ser usadas apenas como “medida de último recurso”. O texto também veda o uso de armamentos contra pessoas desarmadas em fuga ou contra veículos que desrespeitem um bloqueio policial. Essas novas regras, para Caiado, comprometem a eficácia das forças policiais, que, na visão dele, terão ainda mais dificuldades para combater o crime organizado.
Em suas redes sociais, o governador não hesitou em apontar o impacto negativo do decreto sobre a segurança pública. “O crime organizado celebra hoje o grande presente de Natal recebido do presidente Lula: um decreto que lhes garante mais liberdade de ação e promove o engessamento das forças policiais. É o modelo PT-venezuelano, que parece querer incendiar o país”, afirmou, acusando o governo federal de agir contra os interesses da segurança nos Estados.
Além disso, Caiado destacou que a medida foi feita sem considerar a gravidade do crime organizado, focando em crimes de menor potencial ofensivo e ignorando a necessidade de uma resposta mais contundente contra os grupos criminosos que ameaçam a segurança pública. Para ele, o decreto também configura uma “chantagem explícita contra os Estados”, ao condicionar o acesso a recursos de segurança pública ao cumprimento das novas normas estabelecidas.
Embora o governo federal tenha criado um Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força para acompanhar a implementação da medida, a resistência de governadores e autoridades de segurança é crescente. Para Caiado, o governo federal não está entendendo a realidade das ruas e está adotando uma postura que coloca em risco a segurança da população.
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