Casamento consanguíneo: os riscos genéticos e as implicações para a saúde

Uniões entre parentes próximos aumentam a probabilidade de doenças hereditárias e outros problemas de saúde.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

O casamento consanguíneo, prática em que os cônjuges possuem laços de parentesco, ainda é comum em algumas regiões do mundo, como o Oriente Médio, partes da Ásia e comunidades específicas da África e América Latina. Apesar de muitas vezes ser culturalmente aceito, esse tipo de união pode trazer riscos significativos à saúde, especialmente para a prole.

Os riscos genéticos

A consanguinidade aumenta a probabilidade de transmissão de genes recessivos defeituosos. Cada ser humano carrega, em média, entre 5 e 10 genes recessivos que podem causar doenças graves. Em casais consanguíneos, há maior chance de ambos os cônjuges compartilharem o mesmo gene defeituoso, o que eleva o risco de condições hereditárias como:

  • Fibrose cística
  • Anemia falciforme
  • Talasemia
  • Distúrbios metabólicos raros, como doenças de depósito lisossômico

Estudos mostram que filhos de casamentos consanguíneos têm até 4% mais chances de nascer com anomalias congênitas graves, como doenças cardíacas ou deficiências intelectuais, em comparação com filhos de pais não aparentados. Além disso, o risco de mortalidade infantil também é mais elevado nesses casos.

Impactos a longo prazo

Além dos problemas imediatos, a consanguinidade pode levar a efeitos cumulativos nas gerações seguintes. Em comunidades onde essa prática é comum ao longo de gerações, a diversidade genética é reduzida, o que pode enfraquecer a resistência a doenças infecciosas e outros problemas de saúde.

Medidas de prevenção e conscientização

Testes genéticos e aconselhamento são ferramentas importantes para prevenir a transmissão de doenças hereditárias.

Especialistas recomendam que casais consanguíneos procurem orientação médica antes de planejar filhos. Organizações de saúde pública têm intensificado campanhas para conscientizar sobre os riscos, visando reduzir as taxas de consanguinidade em regiões onde a prática é mais prevalente.

Embora respeitar tradições culturais seja essencial, a promoção de informações baseadas em evidências científicas pode ajudar comunidades a equilibrar cultura e saúde, minimizando riscos para futuras gerações.

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