Colombiana é resgatada após 48 horas em poder de sequestradores no Amazonas

Colombiana é resgatada após 48 horas de sequestro no Amazonas.

Criminosos monitoravam a vítima há meses; dois suspeitos foram presos em flagrante.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Uma mulher colombiana de 32 anos foi resgatada pela Polícia Civil do Amazonas após passar 48 horas sequestrada por uma quadrilha que exigia dinheiro para sua libertação. A vítima foi levada enquanto recolhia valores de rifas na zona oeste de Manaus. Dois suspeitos foram presos, e outros integrantes do grupo seguem foragidos.

O sequestro

O crime ocorreu na noite de quinta-feira 28 de novembro, por volta das 20h, na zona oeste da capital. Segundo a delegada responsável pelo caso, Marília Campello, os criminosos monitoravam a rotina da vítima há cerca de três meses. Eles sabiam que a colombiana frequentemente carregava valores em espécie, possuía um carro e visitava diversos bairros para recolher o dinheiro das rifas.

A vítima foi levada à força por ao menos dez homens armados e mantida em três cativeiros diferentes, onde sofreu ameaças constantes com facas e armas de fogo. Durante todo o período, os sequestradores mantiveram contato com a família, pressionando-a para pagar o resgate.

Tortura psicológica e exigência de resgate

Inicialmente, os criminosos exigiram R$ 200 mil para libertar a vítima. No entanto, a família não conseguiu arrecadar o valor. Após negociações, o valor foi reduzido para R$ 100 mil, mas a família só conseguiu juntar R$ 20 mil, que foram transferidos via PIX. Mesmo após o pagamento parcial, os sequestradores continuaram exigindo mais R$ 80 mil e ameaçaram matar a colombiana caso o restante não fosse pago.

“A família viveu momentos de intenso sofrimento, sendo pressionada constantemente a vender bens, como o carro da vítima, para conseguir o dinheiro”, relatou a delegada Marília Campello.

Operação e prisões

A polícia localizou a vítima após uma operação que culminou na prisão de Ana Paula Santos Alvarenga, 43 anos, e Antônio Gomes da Silva, 37 anos. Os dois foram encontrados em uma residência próxima ao último cativeiro, na rodovia AM-010. Os demais integrantes da quadrilha conseguiram fugir, mas as buscas continuam.

Relato da vítima

A vítima, em depoimento, descreveu o terror vivido durante o cativeiro. “Eles me ameaçavam o tempo todo, diziam que me matariam se minha família não pagasse tudo”, relatou. Além das ameaças, ela afirmou que o grupo estava armado e parecia ter informações detalhadas sobre sua rotina.

“A quadrilha sabia exatamente quando ela recolhia os valores, os locais que visitava e até os horários em que estava mais vulnerável”, explicou a delegada.

Investigações continuam

As investigações prosseguem para identificar e capturar os demais envolvidos no crime. A polícia acredita que o grupo seja especializado em monitorar vítimas com hábitos financeiros expostos e reitera a importância de denunciar atividades suspeitas.

“Esse caso é um alerta para pessoas que trabalham com dinheiro em espécie e têm rotinas previsíveis. Medidas de segurança devem ser adotadas para evitar situações de risco”, concluiu  Marília Campelo

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