Coreia do Norte anuncia abordagem “mais assertiva” em relação aos Estados Unidos

A Coreia do Norte prometeu uma estratégia mais contundente contra os EUA e alegou que a aliança entre Washington, Seul e Tóquio está evoluindo para um “bloco militar invasivo”, anunciou este domingo a imprensa estatal.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Uma nova abordagem foi adotada durante a única sessão plenária anual do partido na Coreia do Norte, que finalizou na última sexta-feira sob a liderança de Kim Jong-un, conforme reportado pela agência estatal KCNA.

  • O texto destaca que os Estados Unidos são considerados o país “mais reacionário” e enfatiza a necessidade de implementar “a estratégia de resposta mais robusta” para assegurar a segurança da Coreia do Norte em face de Washington.

Além disso, o documento critica a aliança entre Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão, classificando-a como “um bloco militar invasivo”.

Kim Jong-un ordenou a atualização das táticas de combate para se alinhar com as demandas da guerra contemporânea, além de solicitar o fortalecimento contínuo das capacidades militares do exército norte-coreano. Durante a sessão, que começou na última segunda-feira, Pak Thae-song foi nomeado primeiro-ministro, sucedendo Kim Tok-hun.

Nos últimos anos, Kim tem convocado duas ou mais reuniões plenárias anuais, sendo uma delas geralmente realizada no final de dezembro. Essas reuniões servem para delinear as diretrizes de política nuclear e diplomática para o ano seguinte.

Na sessão de dezembro de 2023, Kim declarou que a relação com a Coreia do Sul é hostil, descartando qualquer possibilidade de reconciliação ou unificação, o que representa uma mudança na estratégia diplomática da Coreia do Norte após três décadas.

O líder norte-coreano também comentou que as negociações malsucedidas com o presidente americano eleito evidenciam a falta de “vontade de coexistir” de Washington com seu regime, afirmando que a política hostil dos EUA em relação a Pyongyang permanece inalterada.

Kim e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tiveram três encontros: em Singapura, em junho de 2018; em Hanói, em fevereiro de 2019; e na zona desmilitarizada entre as Coreias, em junho de 2019. As negociações fracassaram em Hanói devido ao impasse, onde Trump rejeitou a proposta norte-coreana de desarmamento nuclear, considerando-a insuficiente.

Na sexta-feira, Japão e Estados Unidos revelaram diretrizes inéditas para uma “dissuasão ampliada”, que inclui a proteção nuclear americana, visando enfrentar os desafios de segurança apresentados pela China e pela Coreia do Norte. O documento tem como objetivo fortalecer os “procedimentos existentes de consulta e comunicação” da aliança entre Japão e Estados Unidos em relação à dissuasão ampliada, conforme mencionado em um comunicado dos dois governos, citado pela agência japonesa Kyodo.

O conceito de “dissuasão ampliada” refere-se ao compromisso dos Estados Unidos de empregar suas capacidades nucleares e convencionais para defender o Japão diante das atividades militares da China e do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.

 

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