
Austin Tice foi sequestrado enquanto fazia uma reportagem sobre a revolta contra o presidente Bashar al-Assad.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A mãe de Austin Tice, um jornalista americano que está desaparecido na Síria há mais de 12 anos, declarou que a família possui informações indicando que ele ainda está vivo.
Debra Tice, falando a repórteres no Clube de Imprensa Nacional, mencionou que “temos informações de uma fonte confiável, que foi analisada por todo o governo: Austin Tice está vivo”. Essa declaração foi feita antes de uma reunião que ela teria na Casa Branca.
O assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, se encontrou com a família de Tice no período da tarde, conforme relatou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. Ela destacou:
“Jake Sullivan se reuniu com a família de Austin Tice hoje à tarde e tem se encontrado regularmente com as famílias de americanos que estão detidos injustamente.” Ela também afirmou que o governo continuará a trabalhar para garantir que esses cidadãos voltem para casa.
- Austin Tice, ex-fuzileiro naval e jornalista freelancer, foi sequestrado em 2012 enquanto realizava uma reportagem em Damasco sobre a revolta contra o regime de Bashar al-Assad. Na época, ele tinha apenas 31 anos, e até hoje não houve reivindicações sobre seu sequestro.
Para entender o contexto do conflito na Síria, é importante lembrar que a guerra civil teve início durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Assad reprimiu um movimento pró-democracia.
O país rapidamente se tornou um campo de batalha, com a formação do Exército Sírio Livre para lutar contra as forças do governo. O Estado Islâmico também ganhou força, chegando a controlar 70% do território sírio.
O conflito se intensificou com a intervenção de potências regionais e globais, como Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos e Rússia, transformando a guerra em um verdadeiro “conflito por procuração”. A Rússia apoiou o governo de Assad na luta contra os rebeldes e o Estado Islâmico, enquanto os EUA lideraram uma coalizão internacional para combater a ameaça terrorista.
Embora um acordo de cessar-fogo tenha sido alcançado em 2020, a situação permaneceu tensa, com confrontos esporádicos entre rebeldes e o regime. A ONU estima que mais de 300 mil civis perderam a vida nesse conflito que já dura mais de uma década, resultando no deslocamento de milhões de pessoas na região.
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