Golpe em idosos: falsa agente da Farmácia Popular é presa em flagrante

Criminosa usava programa do governo como fachada para obter dados bancários das vítimas.

Por Ana Raquel |Gnewsusa 

A Polícia Civil prendeu em flagrante, na última sexta-feira (6), Flávia de Sousa, acusada de se passar por agente de saúde da Farmácia Popular. A mulher, de 37 anos, enganava idosos, prometendo benefícios inexistentes em troca de informações pessoais e bancárias, que posteriormente eram usadas em fraudes financeiras.

Flávia agia em bairros de vulnerabilidade social, onde a necessidade de acesso a medicamentos gratuitos é elevada. Apresentando-se como funcionária do programa governamental, ela conquistava a confiança das vítimas ao oferecer uma suposta ampliação dos benefícios do programa, incluindo a distribuição de medicamentos mais caros.

O esquema detalhado

De acordo com a polícia, Flávia abordava as vítimas em suas casas ou em locais públicos, sempre bem vestida e portando um carimbo falsificado do governo federal. Durante o falso cadastramento, solicitava documentos pessoais, informações bancárias e até assinaturas, alegando que eram necessários para validar o novo benefício.

Com os dados em mãos, a criminosa repassava as informações para comparsas que realizavam transações bancárias fraudulentas. Flávia também mantinha registros detalhados das vítimas, encontrados em um bloco de notas apreendido no momento da prisão.

“No momento da abordagem, ela estava em posse de medicamentos, uma agenda contendo dados sensíveis e materiais que indicam uma prática criminosa sofisticada”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

Idosos entre os principais alvos

O golpe afetou dezenas de idosos, muitos dos quais perceberam tarde demais que haviam sido vítimas. “Ela parecia muito educada e convincente. Disse que o governo estava ampliando os medicamentos gratuitos e pediu meus dados. Eu não desconfiei porque parecia algo oficial”, relatou uma idosa de 68 anos.

As investigações indicam que o esquema estava ativo há pelo menos seis meses e tinha como principal alvo idosos com baixo nível de instrução, que confiavam facilmente nas promessas da falsa agente.

Prisão e continuidade das investigações

No momento da prisão, além dos medicamentos e documentos falsificados, Flávia estava com comprovantes de movimentações financeiras que apontam para fraudes bancárias em série. Ela foi autuada por falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa. A pena para os crimes pode ultrapassar 10 anos de reclusão.

A polícia agora trabalha para identificar outros integrantes do esquema e estimar o valor total dos prejuízos causados às vítimas.

Orientações para evitar golpes

As autoridades emitiram um alerta para que a população redobre os cuidados, especialmente os idosos:

1.Desconfie de visitas domiciliares: Programas como o Farmácia Popular não realizam cadastramentos fora de unidades oficiais.

2.Evite fornecer dados pessoais e bancários: Essas informações só devem ser compartilhadas em locais confiáveis e mediante comprovação da identidade do agente.

3.Denuncie abordagens suspeitas: Qualquer atitude estranha deve ser comunicada à polícia pelo número 181 ou diretamente em uma delegacia.

Solidariedade às vítimas

Organizações locais têm se mobilizado para oferecer apoio aos idosos que foram lesados. “Esse tipo de crime não atinge apenas as finanças, mas também a confiança e o bem-estar dessas pessoas. É nosso dever proteger os mais vulneráveis”, declarou uma representante de uma ONG de defesa dos direitos dos idosos.

Enquanto a polícia avança nas investigações, Flávia de Sousa permanece detida, aguardando as próximas etapas do processo judicial.

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