Gonzáles e María Corina Machado Recebem Prêmio Sakharov da UE pela Luta pela Liberdade

Parlamento Europeu homenageia líderes opositores da Venezuela em reconhecimento à sua coragem na defesa dos direitos humanos e da democracia

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Em uma cerimônia realizada nesta terça-feira (17) em Estrasburgo, França, o Parlamento Europeu concedeu o prestigioso Prêmio Sakharov pela Liberdade de Pensamento aos líderes da oposição venezuelana, Edmundo González e María Corina Machado. O prêmio, instituído em 1988, é uma honraria destinada a indivíduos e organizações que se destacam na defesa dos direitos humanos e da democracia.

Edmundo González, reconhecido pelo Parlamento Europeu como presidente eleito da Venezuela, esteve presente na cerimônia para receber o prêmio. Durante seu discurso, ele destacou a importância da luta pela liberdade e democracia, dizendo: “Aceito este prêmio em nome do povo da Venezuela, como um reconhecimento à corajosa luta pela liberdade e democracia que temos travado.” Sua presença no evento simbolizou a resistência da oposição venezuelana frente a um regime autoritário e a sua busca incessante por um futuro mais justo para seu país.

María Corina Machado, igualmente uma figura chave da oposição venezuelana, não pôde comparecer pessoalmente à cerimônia, mas fez um discurso por vídeo, emocionando os presentes. Ela afirmou: “Este prêmio é uma homenagem a cada venezuelano que decidiu ser livre, especialmente aqueles que estão escondidos, exilados ou presos.” A filha de María Corina, Ana Corina Sosa, esteve presente na cerimônia para representar sua mãe, enfatizando o simbolismo de sua liderança incansável em prol da democracia.

A situação política na Venezuela tem sido marcada por intensos conflitos, especialmente após as eleições presidenciais de julho, que a oposição e a maior parte da comunidade internacional não reconhecem devido à falta de transparência e à alegação de fraude. As autoridades eleitorais venezuelanas proclamaram Nicolás Maduro vencedor, mas a oposição, através de documentos obtidos de seus fiscais, alegou que Edmundo González obteve uma vitória expressiva com quase 70% dos votos.

A repressão contra os opositores não foi poupada. Desde o pleito, dezenas de opositores foram presos, e muitas vidas foram perdidas no contexto de uma violência crescente. González, acusado pela Justiça venezuelana de usurpação de funções ao divulgar as atas eleitorais, se refugiou na Espanha após ser alvo de mandado de prisão. A decisão de asilar-se reflete a situação de perseguição política que ele e outros líderes enfrentam em sua luta pela democracia.

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