Hipertricose: a condição conhecida como “síndrome do lobisomem”

Foto: Guinness World Records/Reprodução
Entenda as causas, os sintomas e os desafios dessa rara doença genética.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

A hipertricose, também chamada popularmente de “síndrome do lobisomem”, é uma condição médica rara caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos em áreas do corpo onde normalmente eles são ausentes ou escassos. A doença pode afetar homens e mulheres e ocorre devido a fatores genéticos ou condições adquiridas ao longo da vida.

O que é hipertricose?

A hipertricose pode ser classificada como congênita ou adquirida. A forma congênita está presente desde o nascimento e é causada por mutações genéticas que afetam o funcionamento dos folículos pilosos, levando ao crescimento anormal de pelos em grande parte do corpo, incluindo a face. Já a forma adquirida pode surgir ao longo da vida, associada a distúrbios hormonais, uso de medicamentos como minoxidil e ciclosporina, ou condições metabólicas, como porfiria cutânea​.

Características e impacto na vida dos pacientes

Os sintomas variam em intensidade e extensão, desde aumento de pelos em áreas localizadas até um crescimento extenso que cobre grande parte do corpo. Embora não cause riscos diretos à saúde física, a hipertricose pode afetar significativamente o bem-estar emocional e social dos pacientes, devido ao estigma e à aparência incomum que inspira a associação com mitos como o lobisomem.

Causas genéticas e mecanismos subjacentes

Pesquisadores identificaram alterações nos genes que regulam a atividade dos folículos pilosos. Essas mutações fazem com que células que normalmente permanecem inativas sejam reativadas, levando ao crescimento excessivo de pelos em locais atípicos. Na hipertricose adquirida, condições médicas subjacentes ou tratamentos podem estimular a hiperatividade dos folículos​.

Tratamento e manejo da condição

Não há cura para a hipertricose congênita, mas os sintomas podem ser gerenciados. As opções incluem depilação temporária, como com lasers ou cremes específicos, e estratégias para lidar com o impacto psicológico, como suporte psicológico e campanhas de conscientização para reduzir o preconceito social.

Pesquisas sobre o tema continuam, com o objetivo de entender melhor a condição e desenvolver tratamentos mais eficazes. A história e a visibilidade de pessoas com hipertricose também têm contribuído para desfazer estigmas e promover a aceitação da diversidade humana.

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