Maduro cerca embaixada argentina e viola direitos humanos afirma OEA

Seis líderes políticos estão asilados na embaixada, que segue sob custódia do Brasil.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A Organização dos Estados Americanos (OEA) classificou como “uma aberração” o cerco promovido pelo regime de Nicolás Maduro à embaixada da Argentina em Caracas. O edifício, que abriga seis membros da oposição venezuelana, está sob custódia do Brasil desde que o governo argentino foi expulso do país em julho.

De acordo com relatos da oposição, forças de segurança venezuelanas bloquearam a entrada de alimentos e água potável no local, além de cortar o fornecimento de eletricidade e água corrente. A medida foi amplamente condenada pela OEA, que alertou para as violações aos princípios do direito internacional e dos direitos humanos.

“A implementação de forças repressivas com armas de assalto em torno da embaixada da Argentina e o assédio em geral a que está sendo submetida a sede diplomática revela as piores aberrações do regime e atenta contra os princípios fundamentais do direito internacional e dos direitos humanos”, afirmou o órgão em comunicado.

A OEA destacou que as ações do regime constituem uma violação flagrante das garantias previstas na Convenção de 1954 sobre Asilo Diplomático e na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Além disso, exigiu que Maduro conceda imediatamente salvo-condutos aos opositores abrigados no local.

Pressão internacional aumenta

O chanceler argentino, Gerardo Werthein, reforçou o apelo para que a OEA reaja ao agravamento da crise em Caracas. Durante uma sessão do Conselho Permanente da organização, Werthein questionou: “Vamos permitir que a inviolabilidade das sedes diplomáticas seja violada? Vamos agir agora ou esperar que uma tragédia aconteça para poder reagir?”.

Além disso, Buenos Aires solicitou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que emita mandados de prisão contra Nicolás Maduro e líderes do regime, em resposta às violações em curso.

O impasse se intensificou após o governo argentino, liderado por Javier Milei, não reconhecer os resultados das últimas eleições na Venezuela, que favoreceram Maduro. A Casa Rosada declarou apoio ao opositor Edmundo González, que afirma ter vencido com ampla margem, sustentando-se em boletins de urna que contradizem os dados oficiais divulgados pelo regime chavista.

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