Acredita-se que ela seria a única sobrevivente do naufrágio do barco com 45 migrantes a bordo.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma menina de 11 anos desafiou as probabilidades ao sobreviver por três dias à deriva no mar, armada apenas com um colete salva-vidas e duas bóias improvisadas, após o naufrágio do barco de migrantes em que viajava, nas proximidades da ilha de Lampedusa, na Itália.
Sua história de resiliência ganhou um desfecho inesperado quando foi encontrada pelo veleiro Trotamar III, da ONG Compass Collective, que realizava outra missão na área. Acredita-se que ela seja a única sobrevivente entre os 45 migrantes a bordo do barco.
“Foi uma coincidência extraordinária termos conseguido ouvir a voz da criança, mesmo com o motor ligado“, comentou Matthias Wiedenlübbert, capitão do Trotamar III, em um comunicado da organização.
- Segundo a nota, a tripulação ouviu os gritos de socorro da menina por volta das 3h20 e imediatamente iniciou a operação de resgate.
Embora estivesse sem água potável ou comida e apresentasse sinais de hipotermia, a menina se mostrou receptiva e alerta.
O barco partiu de Sfax, na Tunísia, e afundou durante uma tempestade. Natural da Serra Leoa, a menina relatou que havia estado em contato com outras duas pessoas na água dois dias antes, mas não as avistou desde então.
É importante ressaltar que, entre 2014 e 2023, mais de 30 mil migrantes perderam a vida na travessia do Mediterrâneo, segundo a Fondazione ISMU ETS, que estima que o número de crianças desaparecidas ou mortas em naufrágios pode ultrapassar 6.000 durante esse período.
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