Procuradoria do STJD pede aumento da punição ao Atlético-MG por incidentes na final da Copa do Brasil

Julgamento do Atlético-MG no STJD. Foto: Ronald Lincolnk.
Galo pode ter pena ampliada para nove jogos, incluindo novas medidas socioeducativas. Episódios na Arena MRV seguem gerando repercussões dentro e fora de campo.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O Atlético-MG pode enfrentar uma ampliação da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido aos episódios registrados na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, na Arena MRV. Na última sexta-feira (7), a Procuradoria do STJD apresentou recurso pedindo que a pena aplicada ao clube seja aumentada, incluindo medidas socioeducativas em mais três partidas.

Pena atual e solicitação da Procuradoria

No dia 27 de novembro, o STJD determinou que o Atlético perdesse o mando de campo por seis jogos. Desse total, três partidas estão sendo disputadas com portões fechados, e outras três permitem a presença apenas de mulheres, idosos, crianças, pessoas com deficiência e adolescentes de até 16 anos.

No recurso protocolado, a Procuradoria solicita que a punição seja ampliada para nove jogos. Caso aprovado, o clube deverá cumprir as penalidades assim:

  • Três jogos com portões fechados (já em curso, incluindo o confronto deste domingo contra o Athletico-PR).
  • Três jogos com metade da capacidade da Arena MRV, permitindo acesso somente ao público mencionado acima.
  • Três jogos com capacidade total, mas ainda restrito às mesmas categorias de público.

Ainda não há data definida para o julgamento do recurso.

Desdobramentos recentes

Na última sexta-feira (07), os advogados do Atlético-MG desistiram de um pedido de efeito suspensivo que possibilitaria a presença de torcedores no duelo contra o Athletico-PR, válido pelo Campeonato Brasileiro. O jogo é decisivo para o Galo, que corre risco de rebaixamento para a Série B em caso de derrota.

Os incidentes na final e suas consequências

A punição ao Atlético-MG decorre de diversos episódios na final da Copa do Brasil, realizada na Arena MRV. Entre as infrações, estão o arremesso de objetos ao gramado, uso de lasers contra o goleiro adversário, invasão e tentativa de invasão ao campo, cânticos homofóbicos e o lançamento de bombas – uma delas feriu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos.

O clube foi denunciado seis vezes pela Procuradoria e enquadrado em diversos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), incluindo:

  • Artigo 213: Falta de prevenção de desordens, arremessos de objetos e invasão de campo.
  • Artigo 211: Falta de infraestrutura.
  • Artigo 243-G: Práticas discriminatórias.

Além da perda de mando, o Atlético foi multado em R$ 198 mil e precisou interditar a Arena MRV por dois jogos.

Identificação e prisão de envolvidos

O Atlético informou que, em conjunto com as forças de segurança de Minas Gerais, identificou mais de 20 torcedores envolvidos nos incidentes, com outros ainda em processo de apuração. O governo estadual prendeu o suspeito de lançar a bomba que feriu o fotógrafo, e ele será indiciado por tentativa de homicídio.

A situação segue acompanhada de perto pelas autoridades e pela direção do clube, que tenta minimizar os danos esportivos e institucionais gerados pelos incidentes.

Leia também:

Investidores apostam 140 bilhões de dólares no mercado dos EUA com vitória de Trump

STF ignora alegações de parcialidade e mantém Moraes em inquérito contra Bolsonaro

PF apreende veículos de luxo e desmantela esquema de lavagem de dinheiro em SC

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*